Livro "Terra e comida", justiça e paz à luz do Evangelho

Cidade do Vaticano (RV) -  O livro “Terra e comida” foi apresentada na tarde desta quinta-feira (16/04) na Sala Marconi, na Rádio Vaticano, pelo Cardeal Peter Turkson, por Dom Mario Toso e por Tebaldo Vinciguerra, respectivamente Presidente, Secretário e Oficial do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz. A obra foi publicada em fevereiro passado e busca oferecer uma chave antropológica e ética para as discussões em andamento sobre o tema, e convida a todos para uma ação à luz do Evangelho.

O Cardeal Turkson explicou que o livro, subdividido em três partes e uma conclusão, segue a lógica do ver, julgar e agir. Na primeira parte – intitulada ‘Uma situação preocupante’ – é traçada a situação geral da alimentação e da agricultura no mundo, em termos de desenvolvimento, carência e pobreza.
A segunda parte – A mensagem bíblica e eclesial sobre desenvolvimento agrícola – inspira-se na fé cristã para avaliar a atual situação alimentar e agrícola do mundo, sugerindo novas linhas e regras de ação. 

Por fim, a terceira parte, intitulada ‘Respostas práticas’, oferece sugestões sobre como comprometer-se na indústria alimentar e agrícola sob a guia de princípios éticos, para a realização do bem comum e a paz.

Diversos eventos mundiais de 2015 inspiraram a elaboração da obra – observou o purpurado -, que citou o processo de definição dos futuros objetivos de desenvolvimento sustentável, a reunião dos representantes de governos para decidir questões do clima e a Expo Universal em Milão, que tratará da nutrição e energia.

O Presidente do Dicastério Justiça e Paz recordou que eventos de anos precedentes também motivaram a obra, em especial temas tratados pela ONU como cooperativas, energia sustentável, cooperação para a água e agricultura familiar e a Conferência Rio +20. 

Os temas tratados no livro – ressaltou o Cardeal Turkson – são de extrema atualidade e de importância crítica, sendo recorrentes nos pronunciamentos do Papa Francisco: “Podemos recordar a importância que Sua Santidade, o Papa Francisco, concede a estes temas, a sua insistência, o seu entusiasmo, às vezes o seu lamento, servem para despertar em todos, católicos ou menos, a consciência de que, com a terra e o alimento, não se deve agir de forma leviana”. (JE)