Sequestro de 276 meninas na Nigéria completa um ano


Londres (RV) -  Nigéria: no dia 14 de abril do ano passado, um grupo de combatentes do grupo Boko Haram com uniformes militares entrou em confronto com policiais do vilarejo de Chibok e, em seguida, se dirigiu à escola secundária estadual do local. Lá, invadiram as salas de aula e levaram 276 alunas em caminhões. Mais de 50 delas conseguiram escapar durante a viagem ao campo do grupo na floresta de Sambisa, mas 223 chegaram ao cativeiro. O caso ganhou importância internacional e fez com que grandes potências oferecessem ajuda ao governo da Nigéria para encontrar as jovens. 

Violência contra mulheres aumenta

Um relatório divulgado segunda-feira, 13, pela Anistia Internacional, aponta que aquele episódio representa apenas um décimo dos sequestros de mulheres realizados pelo grupo desde o começo do ano passado. De acordo com o documento, 2 mil mulheres foram vítimas de sequestro desde o ano passado até março deste ano.

O Boko Haram matou pelo menos 5,5 mil civis em 300 invasões e ataques durante seu avanço no nordeste da Nigéria, aponta Anistia. Além disso, mais de um milhão de pessoas se viram obrigadas a fugir de suas casas e ir a outras cidades.

Grupo mais organizado

Recentemente, os ataques do grupo se tornaram mais organizados, mais frequentes e mais letais e têm como alvo escolas, igrejas, mesquitas, prédios e lugares públicos. Alguns são promovidos por dois ou três homens armados em uma motocicleta, outros por centenas de militantes com armas antiaéreas e apoiados por tanques.

A origem

O Boko Haram – cujo nome significa “a educação ocidental é pecado”- nasceu como movimento religioso em 2002 e dez anos depois passou a atacar escolas, professores e estudantes para impedir educação ocidental no país. (CM)








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