Mensagem do Papa aos participantes da OEA


Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco enviou uma Mensagem ao Presidente do Panamá, por ocasião do VII Encontro de Cúpula da Organização dos Estados Americanos (OEA), realizado, nesta sexta-feira, na capital daquele país.

Em sua Mensagem, lida aos participantes pelo cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin, o Santo Padre expressa sua solidariedade e encorajamento a todos os Chefes de Estado e de Governo, como também a todas as delegações presentes, para que “o diálogo sincero consiga uma mútua colaboração, que une os esforços e supera as diferenças no caminho para o bem comum”.

O Papa diz-se sentir-se em sintonia com o tema escolhido para este Encontro de Cúpula: “Prosperidade com equidade: o desafio da cooperação nas Américas”.

Neste sentido, o Papa retomou sua Exortação apostólica, Evangelii gaudium, dizendo estar ciente de que “a inequidade, a injusta distribuição das riquezas e dos recursos, é fonte de conflitos e de violências entre os povos, porque supõe que o progresso de alguns se constrói com o necessário sacrifício de outros e que, para poder viver dignamente, é preciso lutar contra os outros”.

Há bens de primeira necessidade, frisou o Pontífice, como a terra, o trabalho, a casa, e os serviços públicos, como a saúde, a educação, a segurança, o ambiente, dos quais nenhum ser humano deve ser excluído.

No entanto, o grande desafio do nosso mundo, segundo Francisco, é “a globalização da solidariedade e da fraternidade, que deve tomar o lugar da globalização da discriminação e da indiferença”. São necessárias ações diretas em prol dos mais desfavorecidos. A Igreja sempre defendeu a promoção das pessoas, se preocupou com suas necessidades e lhes ofereceu a possibilidade de se desenvolver.

Por isso, o Bispo de Roma chamou a atenção dos presentes na Cúpula das Américas para o problema da imigração. Milhares de pessoas se sentem obrigadas a deixar suas terras, suas famílias, tornando-se assim presas fáceis do tráfico de pessoas e do trabalho escravizado, sem direitos e sem acesso à justiça.

Sem uma autêntica defesa dessas pessoas, contra o racismo, a xenofobia e a intolerância, conclui a Mensagem de Francisco, o Estado de direito perderia a sua legitimidade. (MT)








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