Fotos revelam histórias das cracolândias no Brasil


Cidade do Vaticano (RV) – Um projeto foto-jornalístico da Associated Press chama a atenção para as vidas vilipendiadas pelo crack no Rio de Janeiro. Estudos recentes apontam que o Brasil é o maior consumidor de crack no mundo, com cerca de 1 milhão de usuários.

Estúdio na cracolândia

Uma cadeira que estava no lixo é colocada diante de um painel branco que se transforma em um estúdio improvisado. Ali, usuários do crack contam as suas histórias em um cenário de pesadelos, enquanto outros revelam suas tragédias somente com o olhar.

Personagens

Sancler Rodrigues pediu uma camiseta da seleção argentina antes de pousar para a foto. “Penso que minha velha camiseta preta não ficaria boa na foto”, disse o homem de 32 anos.

Os retratos mostram ainda uma mulher grávida de seu terceiro filho, e outra que segura um bicho de pelúcia do seu filho, que nasceu prematuro e está hospitalizado. Daniela Pinto, por sua vez, deseja se libertar da dependência. Já Carla Chris, 35 anos, é otimista. “Sorria porque a vida é bela”, disse.  Henrique Felix Santos, 41 anos, filosofa quando é questionado sobre seus pensamentos enquanto posa para a foto. “A expressão de cada ser humano é consistente com a realidade”, afirmou.

Epidemia

As cracolândias não se restringem mais às comunidades pobres ou cidades grandes. Em todo o Brasil os usuários são uma grande chaga para o governo cujos programas e políticas publicas pouco fizeram para reduzir o tráfico e o consumo da droga. O crack é um derivado da cocaína, mais barato e altamente viciante que chega do Brasil vindo principalmente de países como a Colômbia e Bolívia.  A epidemia, como todas as outras, não escolhe cor nem idade. As vítimas são crianças, jovens, mães de família, ex-trabalhadores. Todos que perderam a alvorada de seus sonhos por causa da dependência do crack.

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