Páscoa em Jerusalém: "Desta terra floresçam luz e paz"


 

Jerusalém (RV) – Centenas de fiéis participaram da missa solene do Domingo da Ressurreição, último grande evento da Semana Santa na Terra Santa. 

A missa foi celebrada junto ao sepulcro vazio onde segundo a tradição cristã Jesus ressuscitou, e foi presidida pelo Patriarca latino de Jerusalém, Dom Fouad Twal, máximo representante da Igreja Católica na Terra Santa.  
 
Homilia

“Como cristãos somos chamados, no coração do Oriente Médio sacudido por guerras e violência desesperada, a sermos sinais de esperança, acima de tudo”, mencionou o Patriarca na homilia.

“Nosso futuro, nesta região e no mundo, é incerto e até incompreensível, mas não devemos temer, como nos assegurou Cristo. Ele está conosco sempre, até o fim dos tempos”, prosseguiu.
 
A Basílica do Santo Sepulcro é um dos edifícios mais sagrados para o Cristianismo, se localiza na cidadela antiga de Jerusalém e abriga o Gólgota. Ela é administrada por seis Igrejas cristãs: gregos ortodoxos, católicos de rito latino, os armênios, os coptas egípcios, os ortodoxos siríacos e ortodoxos etíopes. Cada Igreja controla uma parte cuidadosamente delimitada do lugar. 

Participação da comunidade católica

Os fiéis locais, em maioria árabes palestinos, e muitos peregrinos de diferentes partes do mundo participaram da cerimônia e depois marcharam em procissão solene no interior da Basílica até a "pedra da unção".

“Quando as mulheres seguidoras de Jesus foram ao túmulo com especiarias para ungir o corpo do Cristo crucificado, encontraram uma tumba aberta e vazia e viram um jovem homem, vestido com uma túnica branca que lhes disse: 'Busquem Jesus de Nazaré, o crucificado. Ele ressuscitou, não está aqui’”, lembrou o Patriarca na homilia.

Atualidade

O Patriarca latino dedicou também palavras à situação vivida pela comunidade cristã na Terra Santa e exortou os fiéis a permanecerem firmes e unidos, mesmo na tragédia: 

“A cada dia que passa no Oriente Médio, somos testemunhas de acontecimentos trágicos”, disse Dom Fouad Twal, pedindo: “Enterremos no túmulo de Cristo nossas contradições, as nossas divisões religiosas, nossas hostilidades, a nossa falta de fé e nossos medos. Deste túmulo emanam luz e paz. E aqui, nesta Terra Santa, devem florescer novamente a luz e a paz”.  

(CM)








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