Asia Bibi: Peço ao Papa para rezar pela paz e por mim

Lahore (RV) - A cristã paquistanesa Asia Bibi, condenada à morte por suposta blasfêmia, confiou ao marido e ao seu advogado uma mensagem por ocasião da Páscoa. 

“Na Páscoa, Jesus Cristo nos dá um exemplo de paz e perdão. Devemos aprender do ensinamento e do sacrifício de Cristo, crucificado por nós e que perdoou todos aqueles que fizeram mal a Ele. Neste dia especial, peço aos cristãos no Paquistão para viverem e rezarem pela paz”, disse ela. 

“Asia está bem fisicamente e psicologicamente. Ela passa os seus dias na dor e na esperança, uma esperança fundamentada em Cristo, que não a abandona”, disse o seu advogado Joseph Nadeem ao "Vatican Insider". 

Preocupada com os ataques contra a Igreja, Asia Bibi fez um pedido ao Papa Francisco: “Peço ao Papa para fazer uma oração especial pela paz no mundo e por mim”. 

Enquanto isso, continua a mobilização internacional sobre o seu caso. Em Paris, a Câmara Municipal aprovou por unanimidade a proposta do prefeito, Anne Hidalgo, de dar a Asia Bibi a cidadania honorária parisiense.

Paris, petição online em favor de Asia Bibi

Um grande retrato de Asia foi colocado neste sábado na fachada da Prefeitura de Paris  e permanecerá até a sua libertação desejada. A petição online já superou quinhentas mil assinaturas e foi lançada por uma estudante universitária inglesa, para salvar Asia Bibi, e dirigida ao primeiro-ministro britânico, David Cameron. 

A petição se encontra no site www.change.org e contou com um grande número de adesões em poucos meses. A sentença de morte para Asia Bibi foi confirmada em 16 de outubro de 2014 pelo Supremo Tribunal de Lahore. 

O seu caso se tornou um símbolo da luta contra a controversa lei da blasfêmia no Paquistão, usada vezes para vinganças pessoais e para atingir as minorias religiosas. Atualmente, no Paquistão, existem cerca de oito mil detentos no corredor da morte, aguardando execução. Para cerca de mil deles, o presidente do Paquistão rejeitou o pedido de graça, último passo antes da morte. (MJ)