Santa Sé: respeitar legalidade e fronteiras da Ucrânia


Genebra (RV) - O Observador Permanente da Santa Sé no escritório da ONU em Genebra, na Suíça, Dom Silvano Maria Tomasi, expressou – em pronunciamento na sessão do Conselho de Direitos Humanos em andamento na cidade helvécia – “a proximidade e a solidariedade” da Santa Sé “a toda a população da Ucrânia” atingida pela guerra.

“A Santa Sé – afirmou o arcebispo – quer ressaltar mais uma vez a urgente necessidade de respeitar a legalidade internacional em relação ao território e aos confins da Ucrânia como um elemento chave  para garantir a estabilidade tanto a nível nacional quanto regional, e para restabelecer a lei e a ordem baseados no pleno respeito por todos os direitos humanos fundamentais.”

Cessar-fogo

“A esse propósito, a Santa Sé acolhe favoravelmente as medidas adotadas para que seja respeitado o cessar-fogo, considerado condição essencial para se chegar a soluções políticas exclusivamente através do diálogo e da negociação”, disse o representante vaticano.

“Ao mesmo tempo, evidencia-se a necessidade crucial, para todas as partes, de aplicar as decisões tomadas de comum acordo, reconhecendo em tal contexto os esforços feitos pelas Nações Unidas, a Osce (Organização para a Segurança e a Cooperação da Europa, ndr) e outras organizações competentes com referência ao pacote de medidas para a aplicação dos acordos de Minsk.”

Acordo

“A Santa Sé considera que a plena adesão de todas as partes às disposições de tais acordos é um pré-requisito para todos os ulteriores esforços voltados a melhorar a situação humanitária e dos direitos humanos nos territórios atingidos”, em primeiro lugar, “dando fim às perdas de vidas humanas, aos atos de violência e a outras formas de abuso. Tais esforços deveria incluir a libertação de todos os reféns e pessoas detidas ilegalmente e garantir um acesso sem dificuldades por parte todos os atores legítimos a fornecer assistência humanitária naquelas zonas.”

Ademais, o prelado expressou a preocupação da Santa Sé “com a emergência social que a população residente nas zonas atingidas está enfrentando por causa da pobreza, da fome, da insegurança e dos riscos para a saúde”. São grandes os temores também pelos “feridos, deslocados e as famílias que sofrem a perda de seus entes queridos”.

“Nesta situação de urgência – concluiu Dom Tomasi – a Santa Sé está empenhada a oferecer sua assistência mediante as próprias instituições e pede às organizações caritativas da Igreja Católica que intensifiquem e coordenem seus esforços para dar assistência à população da Ucrânia” e expressa “sua confiança na solidariedade da comunidade internacional”. (RL)








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