O sofrimento dos cristãos no Oriente Médio chega à ONU


Nova York (RV) – A situação dos cristãos perseguidos no Oriente Médio chega ao Conselho de Segurança das Nações Unidas. Sexta-feira, 27, está convocada uma sessão do Conselho para debater a condição das minorias naquela região, que têm sofrido a violência do Estado Islâmico. Liderando a comitiva, o Patriarca dos Caldeus, Louis Raphael Sako, leva pessoalmente o testemunho do drama dos cristãos do Iraque.

Iniciativa apoiada pelo Vaticano

A ideia de convocar uma sessão especial do Conselho de Segurança sobre este tema foi anunciada pela França e seguida por uma declaração conjunta do Vaticano, Rússia e Líbano, subscrita por outros 65 países.

Pedimos à comunidade internacional – diz o texto – que defenda a presença de todas as comunidades étnicas e religiosas que têm profundas raízes históricas no Oriente Médio”. “Tais comunidades vêm ameaçada a sua própria existência pelo chamado Estado Islâmico, por Al Qaeda e por grupos terroristas filiados, que criam o risco de fazer desaparece totalmente os cristãos”.

Evento inédito

O debate no Conselho de Segurança da ONU será o primeiro dedicado à perseguição dos cristãos, e se realiza depois de várias denúncias das comunidades locais sobre a indiferença do mundo.

No Iraque, há mais de nove meses milhares de cristãos são obrigados a fugir de Mosul e da Planície de Nínive sem levar nada consigo para o Curdistão, onde vivem em condições indizíveis. O problema vai além da questão contingente do ‘Califado’: alguns dias atrás, falando ao Parlamento, o Patriarca Sako pediu às autoridades iraquianas uma lei que puna penalmente pregadores religiosos que fomentam a violência. E expressou de novo sua preocupação pelas milhares de famílias inocentes que estão sem alguma assistência, em fuga do Estado Islâmico. 

(CM)








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