Cardeal cubano: "Papel da Igreja na mediação deve continuar"


Havana (RV) – O Cardeal cubano Jaime Ortega afirmou que o novo capítulo nas relações entre Cuba e Estados Unidos será “muito benéfico” para a Igreja Católica na ilha e assegurou que o diálogo com o governo de Raúl Castro não sofreu rupturas e prossegue.

“O ocorrido em 17 de dezembro de 2014 foi um acontecimento histórico, um dos maiores da história de Cuba, como o foram a visita do Papa João Paulo II e a revolução cubana”, opinou.

Esperança

Para ele, as relações bilaterais acarretarão um benefício concreto para a Igreja, pois facilitarão receber ajudas externas, cujos trâmites são complicados devido à política do embargo aplicado pelos EUA.

O Arcebispo de Havana revelou, em entrevista, que conversou sobre estas restrições com a secretária de Estado adjunta dos EUA para América Latina, Roberta Jacobson, que lidera a delegação estadunidense nos diálogos com Cuba, e assegurou que os participantes de ambas partes creem que o papel da Igreja neste processo “deve continuar”.

Questionado sobre o diálogo iniciado em 2010 entre Igreja e Governo para a libertação de presos políticos na ilha, o Cardeal respondeu que “foi estabelecido um processo de grande fluidez, que se continua conversando e que não há rupturas”.

Passos avante

Ele lembrou que como fruto deste intercâmbio, o Governo devolveu alguns templos à Igreja, “medida que continua de modo progressivo”; e autorizou a entrada no país de religiosos que estavam proibidos pelas  autoridades cubanas.

Dom Ortega, que no ano passado celebrou 50 anos de sacerdócio, ressaltou que a Igreja católica em Cuba “deu sempre passos pequenos, firmes, progressivos e para frente” e apontou que “o que se obtém por uma vez, fica para sempre”.








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