A ONU reafirma: "A escravidão ainda não acabou"


Nova York (RV) - O Secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, alertou quarta-feira, 25, que a prática da servidão forçada continua a reverberar ao redor do mundo em várias formas, de trabalho forçado a tráfico de pessoas para exploração sexual e cativeiro em condições análogas à escravidão.

Em mensagem sobre o Dia Internacional em Memória às Vítimas da Escravidão, celebrado nesta quarta-feira, Ban Ki-moon afirmou que "tragicamente, a escravidão ainda não acabou".

Racismo

O secretário da ONU declarou que "estas práticas desprezíveis não poderiam existir sem racismo arraigado" e que é "absolutamente vital que os perigos inerentes ao racismo sejam claros para todos". Desde 2007, o dia 25 de março é marcado pela ONU como Dia internacional em homenagem aos os mais de 15 milhões de homens, mulheres e crianças que sofreram e morreram durante os mais de 400 anos de tráfico transatlântico de escravos, a maior migração forçada da história.

Memorial

Diversas cerimônias marcaram a data na sede da ONU em Nova York. Entre elas, o secretário-geral inaugurou a Arca do Retorno, um memorial permanente em homenagem às vítimas da escravidão.

O vice-chefe da Missão do Brasil junto às Nações Unidas, Guilherme Patriota, falou à Rádio ONU durante a inauguração do monumento. Ele mencionou as lições deixadas pela data.

"Eu acho que deixa uma lição crítica que isto não deve jamais se repetir e que nós precisamos encontrar o caminho da humanidade e da igualdade para todos, onde estivermos e as Nações Unidas devem ser o símbolo desta agenda".

O tema da data este ano é "Mulheres e Escravidão". De acordo com estimativas da ONU, uma de cada três vítimas da escravidão era mulher.

(CM-ONU)
 








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