2015-03-18 16:01:00

Moçambique: Governo denuncia movimentação de homens da Renamo


O Governo moçambicano denunciou esta terça-feira, através da comunicação social, a movimentação de homens armados da Renamo na província de Inhambane, naquilo que considerou violação do Acordo de Cessação das Hostilidades Militares.

O chefe da delegação governamental no diálogo com a Renamo, o maior partido da oposição no país, José Pacheco, disse, em conferência de imprensa, no final da 98.ª ronda, que terminadas as hostilidades militares na sequência da assinatura do Acordo, a 5 de Setembro de 2014, homens armados da Renamo na província de Inhambane fixaram base em Rigué, no posto administrativo de Zimane, distrito de Mabote.

Segundo José Pacheco, no dia 27 de Fevereiro último, homens armados da Renamo movimentaram-se e fixaram base em Chissanhane, localidade de Tsemane, no distrito de Funhalouro, onde permanecem até ao presente momento. A 26 do mesmo mês, uma parte daquele grupo de homens armados movimentou-se de Chissanhane e fixou base em Comane, no distrito de Xigubo, na província de Gaza, onde também permanece até ao presente momento.

“A presença de homens militares acaba sempre criando mal-estar aos nossos concidadãos e neste caso específico estamos perante uma violação do Acordo de Cessação das Hostilidades Militares por parte da Renamo, quando ainda mantém força residual”, disse José Pacheco, acreditando que essa movimentação de homens armados denota preparação para alguma situação irregular.

Entretanto, Saimone Macuiana, chefe da delegação da Renamo, promete trazer esclareciemntos sobre o assunto nos próximos dias.

Na ronda desta terça-feira,  as partes chegaram a consenso sobre a prorrogação da missão da Equipa Militar de Observação da Cessação das Hostilidades Militares (EMOCHM) para 60 dias, contados a partir de segunda-feira, 16 de Março de 2015.

Entretanto, alguns oficiais internacionais da Equipa Militar de Observação da Cessação das Hostilidades Militares já deixaram o país, por solicitação das respectivas autoridades nacionais. Trata-se dos oficiais da Grã-Bretanha, Botswana e Itália. José Pacheco revelou informações dando conta que ontem os oficiais portugueses também haviam manifestado intenção de regressar ao seu país.

Assim, a EMOCHM vai contar apenas com observadores militares de quatro países, nomeadamente Zimbabwe, África do Sul, Quénia e Cabo Verde. Os Estados Unidos da América estão ausentes desde o início do processo da sua constituição.

Hermínio José, Maputo








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