Mensagem dos bispos japoneses pelos setenta anos do fim da II Guerra Mundial


Cidade do Vaticano (RV) - "O Japão deve continuar tendo uma vocação especial para a paz", afirmam os bispos nipônicos na mensagem publicada por ocasião dos setenta anos do fim da II Guerra Mundial (1939-1945), chamando a atenção contra o retorno de uma mentalidade bélica.

Segundo o jornal da Santa Sé, L’Osservatore Romano, os prelados japoneses recordam como "o mundo está dominado pela globalização das empresas e do sistema financeiro. As desigualdades continuam aumentando e os pobres são excluídos. Se queremos alcançar a paz, esta situação deve mudar".

"A II Guerra Mundial foi uma experiência horrível também para o povo japonês", escrevem os bispos, recordando os sofrimentos ligados aos bombardeios que afetaram várias cidades e a devastação atômica de Hiroshima e Nagasaki. 

"Estes acontecimentos trágicos levaram ao nascimento de um desejo de paz confirmado na Constituição do Japão, aprovada em 1946, baseada na soberania do povo, na não aceitação da guerra e no respeito pelos direitos humanos", destaca a Conferência Episcopal Japonesa.

A Igreja Católica sempre se manifestou contra a corrida armamentista e o uso de armas para resolver conflitos. Os bispos citam a Encíclica Pacem in terris, de São João XXIII, e o apelo pela paz feito, em Hiroshima, em 1981, por São João Paulo II. 

"Há 70 anos do fim da Segunda Guerra Mundial e 50 anos depois do Concílio Vaticano II, renovamos a nossa determinação em buscar a paz. Nós católicos japoneses somos poucos numericamente, mas juntos a outros cristãos, fiéis de outras religiões e com aqueles que no mundo querem a paz, renovamos o nosso compromisso de trabalhar para que a paz se torne uma realidade", concluem os prelados nipônicos. (MJ)

 

 

 

 








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