Papa: jamais se pode enganar Jesus, nunca ter duas caras


Roma (RV) – O Papa Francisco visitou na tarde deste domingo a Paróquia de Santa Maria Mãe do Redentor, localizada no bairro romano de Tor Bella Monaca onde celebrou a Santa Missa. Na sua homilia o Santo Padre partiu do Evangelho do dia no qual Jesus expulsa os vendedores do Templo afirmando que o mesmo apresenta duas coisas que chamam a atenção: uma imagem e uma palavra.

A imagem – disse – é a de Jesus com o chicote na mão, expulsando todos aqueles que se aproveitavam do Templo para fazer negócios. Negociantes que vendiam animais para os sacrifícios, trocavam moedas… havia o sacro – o templo, sacro – e, essa sujeira, lá fora. Essa é a imagem. E Jesus pega o chicote para limpar um pouco o Templo.

Nós não podemos enganar Jesus, continuou o Papa. “Ele nos conhece por dentro”. Essa pode ser uma boa pergunta à metade da Quaresma: Jesus confia em mim? Jesus, confia em mim ou tenho duas caras? Faço o católico, próximo à Igreja, e depois vivo como um pagão?

Jesus – disse ainda o Papa – conhece tudo o que tem dentro do nosso coração: nós não podemos enganar Jesus. Não podemos diante d’Ele, fazer de conta que somos santos, e fechar os olhos, fazer assim, e depois levar uma vida que não seja a que Ele deseja. Todos nós sabemos o nome que Jesus dava a pessoas de duas caras: hipócrita.

“Irá nos fazer bem, hoje, entrar no nosso coração e olhar para Jesus. Dizer-lhe: ‘Mas, Senhor, olhe, há coisas boas, mas também há coisas ruins. Jesus, Tu confias em mim? Sou pecador…’.

Isso não assusta Jesus: se você diz a Ele, ‘sou um pecador’, Ele não se assusta. O que o distancia – continuou o Papa -, é ter duas caras. Fazer o justo para cobrir o pecado escondido; “eu vou à igreja todos os domingos”. Mas se o seu coração não é justo, se você não faz justiça, se você não vive segundo o espírito das Bem-aventuranças, você não é católico, você é hipócrita”.

Além do mais, “quando entramos no nosso coração – disse ainda Francisco – nós encontramos coisas que não são boas, como Jesus encontrou no Templo aquela sujeira do comércio, dos vendedores. “Também dentro de nós há sujeiras. Há pecados de soberba, de orgulho, de avareza, de inveja, de ciúmes, tantos pecados. Mesmo assim podemos continuar o diálogo com Jesus. Jesus, Tu confias em mim?” Eu quero que confies em mim. “Abro-lhe a porta e limpe a minha alma”.

“E pedir ao Senhor – acrescentou – que como foi polir o Templo, venha polir a minha alma. Imaginamos que ele foi com o chicote, mas com o chicote não se limpa a alma. Vocês sabem qual é o chicote de Jesus para limpar a nossa alma? A misericordia. Abrir o coração à misericórdia de Jesus. Jesus, olhe quanta sujeita, venha, limpe com a sua misericórdia, com as suas palavras dóceis, com as suas carícias. E se abrimos o nosso coração à misericórdia de Jesus para que limpe o nosso coração, a nossa alma, Jesus confiará em nós”. (SP)








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