2015-03-07 09:46:00

P. Cantalamessa: dois pulmões perante o mistério da Trindade


Na manhã desta sexta-feira dia 6 de março, na Capela Redemptoris Mater o Papa Francisco ouviu mais uma pregação da Quaresma do Padre Raniero Cantalamessa. Presentes também colaboradores da Cúria Romana. O pregador oficial da Casa Pontifícia meditou sobre o tema: “Dois pulmões, uma só respiração: Oriente e Ocidente perante o mistério da Trindade”.

O  padre capuchinho recordou, no início da sua pregação, a recente visita do Papa Francisco à Turquia, cujo ponto alto foi o seu encontro com o patriarca ortodoxo Bartolomeu. Esta foi a inspiração para o padre Raniero preparar as suas meditações quaresmais deste ano e recordou S. João Paulo II: “Acreditamos que a venerável e antiga tradição das Igrejas orientais é parte integrante do património da Igreja de Cristo. Os católicos devem conhecê-las e nutrir-se delas, para favorecer o caminho da unidade: são mais as coisas que nos unem do que as que nos dividem".

A ortodoxia e a Igreja católica compartilham a mesma fé na Trindade, na encarnação do Verbo em Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, que nos deu o Espírito Santo; a Igreja é o seu corpo animado pelo Espírito Santo, que a Eucaristia é "fonte e ápice da vida cristã". Enfim, Maria é a Mãe de Deus – afirmou o pregador capuchinho.

Logo, os grandes mistérios da fé são o mistério da Santíssima Trindade, a pessoa de Cristo, a do Espírito Santo, a doutrina da salvação – continuou o padre Cantalamessa – que afirmou ainda que a Igreja precisa respirar com dois pulmões e um só fôlego; precisa acolher plenamente a abordagem da ortodoxia à Trindade na sua vida interna, isto é, na oração, na contemplação, na liturgia, na mística; e precisa manter presente a abordagem latina na sua missão evangelizadora.

Deve, assim ser encontrado a maneira de anunciar o mistério de Deus Uno e Trino com categorias apropriadas e compreensíveis para os homens de cada tempo. Assim fizeram os Padres da Igreja e os concílios antigos.

Um ponto é absolutamente comum na relação entre Oriente e Ocidente: “o dever e a necessidade de adorar a Trindade. Adorar é reconhecer Deus como Deus e nós como criaturas de Deus. É "reconhecer a infinita diferença entre o Criador e a criatura".

O padre Raniero Cantalamessa concluiu a sua segunda pregação quaresmal recitando a doxologia à Trindade que é rezada de modo igual no Oriente e no Ocidente: “Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre, nos séculos dos séculos. Amen.”

(RS/MT)








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