Caritas portuguesa ajuda crianças refugiadas


Fátima (RV) – O Presidente da Caritas Portuguesa classificou a campanha de coleta de roupa para as crianças refugiadas da Síria na Jordânia e no Líbano, que terminou na última quarta-feira, como um grande sucesso. “Os ecos que temos são estrondosos, só uma empresa fez-nos saber que tem 30 toneladas de roupa nova para entregar e depois pelas nossas dioceses o que se está reunindo só ouço falar em toneladas”, adiantou Eugénio Fonseca, em declarações à agência ECCLESIA.

Através de uma parceria com o Alto Comissariado para os Refugiados, e também em ligação com as Caritas presentes naqueles países do Oriente Médio, a Caritas Portuguesa espera ajudar cerca de dois milhões de crianças sírias que atualmente vivem como refugiadas, com as suas famílias, em condições muito precárias. Pessoas cujas vidas são ameaçadas por um inverno muito rigoroso, que já matou de frio várias crianças.

Para Eugênio Fonseca a solidariedade demonstrada pelos portugueses “é fundamental”, também como forma de reforçar na sociedade um “sinal de universalidade” que deve estar sempre presente, ou seja, que cada pessoa se preocupe pelo destino do outro, por muito distante que ele esteja.

“Há pessoas que dizem ‘tantas necessidades que temos em Portugal e andamos a pensar nos problemas que existem em outros países’. Isto é reflexo do individualismo que marca a sociedade”, salientou aquele responsável. O primeiro carregamento de roupa deverá seguir “na próxima semana, se houver disponibilidade nas ligações áreas”. “O transporte é sempre muito caro, é aquilo que é mais oneroso, mas haveremos de arranjar condições para que toda a roupa em condições, e realço isto, em condições, siga para a Síria”, complementou. A Cáritas Portuguesa está ainda a organizar-se de modo a poder depois “prestar contas ao país do destino da roupa que lhe foi confiada”. O projeto solidário teve origem nas preocupações manifestadas por 10 estudantes sírios, atualmente a tirarem cursos de mestrado e doutoramento em Guimarães, sobre as condições com que se debatem os seus compatriotas refugiados no Líbano, Jordânia, Iraque, Turquia e Egito. A coleta de roupa e cobertores teve o apoio da Conferência Episcopal Portuguesa, da Comunidade Islâmica de Lisboa, da Comunidade Ismaili, da Cruz Vermelha, da Cruz de Malta, do Corpo Nacional de Escuta e da Câmara Municipal de Lisboa. (SP-Ecclesia)








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