Vocações: Papa nos chama a um compromisso mais forte e radical


Cidade do Vaticano (RV) – As vocações à vida religiosa, a diminuição evidente dos jovens que respondem a este particular chamado, a sensação de que está às portas um novo florescer. Estes são alguns dos dados e sentimentos que acompanham a Conferência Internacional sobre a Pastoral das Vocações à Vida Consagrada, em andamento em Roma até a próxima sexta-feira. O encontro, que conta com a participação de especialistas de vários continentes, é organizado pela “National Religious Vocation Conference” de Chicago, associação católica empenhada há 27 anos na promoção vocacional, e apoiada pela Conrad N. Hilton Foundation. A Rádio Vaticano conversou com o Secretário Geral da União dos Superiores Gerais (USG), Padre David Glenday:

“Do ‘National Religious Vocation Centre’ dos religioso nos Estados Unidos, convocaram pessoas responsáveis pela promoção das vocações religiosas no Ocidente, porque se queria estudar um pouco uma situação crítica: Estados Unidos, Canadá, Irlanda, Inglaterra, Nova Zelândia, Austrália, Oceania, para olhar o fenômeno, as causas, possíveis respostas dadas conjuntamente”.

RV: Em termos das causas do fenômeno, o que estas análises vos fizeram entender?

“Estamos ainda no início. Eu suponho que a discussão seguirá na linha da grande mudança cultural que ocorreu e está ocorrendo: as consequências sobre as famílias, por exemplo, o fenômeno de uma certa dificuldade a um compromisso “ad vitam” das novas gerações, o desafio para a vida religiosa de apresentar-se, de explicar as próprias razões. Certamente, as pessoas, os candidatos, são em menor número, mas existe uma sensação de que existe uma chama que arde sob as cinzas. Estamos um pouco nas primeiras horas do alvorecer. Então, existe uma necessidade de viver este momento com esperança, com confiança, com desenvoltura, com energia”.

RV: De que modo você pode atrair, dada a situação atual de grande falta de interesse por parte de tantos jovens pela vida eclesial e religiosa e da Igreja?

“É o testemunho, o testemunho atrai. O testemunho de alegria, de paz, de interesse pelos últimos, de iniciativa. E graças a Deus, é um testemunho que se dá. Depois, é necessário ter confiança, é necessário saber semear, sem esperar resultados imediatos. A alegria do testemunho vivida com liberdade de espírito”.

RV: E quais são as esperanças?

“Por exemplo, ontem, a irmã vinda da França dizia que quando os jovens vão a Lourdes, pergunta-se a eles, anonimamente: quem de vocês nunca pensou em ser religioso ou religiosa? E 40% responde que já pensou sobre isto. Depois, dos EUA houve o testemunho esplêndido de jovens.... Então, esta é um pouco a esperança, que existe este fogo, que o Espírito Santo está trabalhando. E que depois, é o convite que nos dirige fortemente o Senhor”.

RV: Em que modo a mensagem que o Papa Francisco deu a todos os religioso no Ano da Vida Consagrada está guiando vocês neste encontro?

“Este encontro é um fruto do início do Ano da Vida Consagrada convocado pelo Papa Francisco. Naturalmente, o que motiva e anima sobretudo é o seu exemplo, porque nós estamos conscientes que o Papa é um religioso, não esconde isto, vive isto abertamente e nos chama a um compromisso mais forte, mais radical. Isto ajuda”. (JE)

 

 








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