Líbia: sequestrados 35 trabalhadores egípcios


Cairo (RV) - Líbia continua no centro das preocupações da comunidade internacional. Ontem, segunda-feira, pelo menos 64 jihadistas foram mortos pelos ataques da aviação do Cairo, feitos em resposta ao bárbaro assassinato de 21 coptas egípcios. Imediata a retaliação dos islâmicos fundamentalistas que sequestraram outros 35 trabalhadores egípcios, enquanto o primeiro-ministro do governo líbio reconhecido pediu ao Ocidente uma maciça ofensiva aérea.

Três ataques da aviação egípcia causaram a morte de 64 militantes do autodenominado Estado Islâmico, entre os quais três líderes locais, diversos os feridos. Os ataques se concentraram em torno de Derna, a cidade costeira oriental que se tornou um califado no ano passado, mas aviões do governo líbio disseram que também atingiram Sirte e Ben Jawad. No alvo “acampamentos,  campos de treinamento e depósitos de munições”, de acordo com um comunicado do Exército Egípcio.

E o país onde o avanço das milícias ligadas ao Estado Islâmico continua a ser mais do que nunca dividido: Fajr Líbia, a coalizão pró-islâmica ao poder em Trípoli, convidou a manifestar contra os ataques do “Estado Islâmico” e exortou os “irmãos egípcios” a deixarem a Líbia dentro de 48 horas para evitar retaliações, imediatamente realizadas com o sequestro de 35 pessoas, a maioria trabalhadores, em áreas controladas pelo EI.

Por sua vez, Abdullah al Thani, o primeiro-ministro do governo reconhecido, pediu ao Ocidente que lance uma ofensiva aérea para expulsar os jihadistas, “caso contrário - disse -, a ameaça vai chegar à Itália”. E depois do colóquio telefônico entre os presidentes do Egito, al Sisi, e o francês Hollande, está sendo preparado uma reunião de cúpula do Conselho de Segurança da ONU sobre a Líbia. “A situação é difícil, mas não é o momento para uma solução militar”, adverte o premier italiano Renzi. E também a Casa Branca insistente por uma solução política. (SP)








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