Cristãos e muçulmanos condenam ataques em Copenhague


Cidade do Vaticano (RV) – “Chocados pelos eventos de Copenhague”. Assim definem-se os membros do Grupo de Contato entre muçulmanos e cristãos, formado por representantes eleitos pelas comunidades religiosas muçulmanas dinamarquesas e pelas Igrejas cristãs, em um comunidado publicado após os ataques perpetrados na capital da Dinamarca. O primeiro ataque foi contra um espaço cultural onde se realizava um debate sobre liberdade de expressão, no contexto dos ataques de Paris contra o semanário Charlie Hebdo. O segundo ataque foi contra uma sinagoga, poucas horas depois.

“As vítimas e as suas famílias estão em nossos pensamentos e nas nossas orações”, lê-se na mensagem, que encoraja “as comunidades  da Dinamarca à solidariedade”. Como cidadãos “temos a peito a democracia e o direito de nos reunir para trocar opiniões ou praticar a nossa fé, sem medo de perder a vida”. O documento define os ataques como “atentados contra a humanidade”.

Pela “fé comum em Deus que convida à reconciliação”, os membros do grupo mixto escrevem ainda: “Somos todos filhos de Abraão e deveríamos nos ajudar e apoiar uns aos outros”. Por isto, “hoje somos todos uma só família na dor e na perda dos dois homens e com a família judaica”.

Por sua vez a Conferência das Igrejas Europeias, através de uma nota, une-se aos sentimentos de dor e indignação que se levantam nestas horas na Europa pela “trágica e violenta perda de vidas humanas”. O organismo que reúne as Igrejas cristãs européias de tradição Protestante, Ortodoxa e Anglicana condena os ataques de matriz terrorista em Copenhague que – lê-se no comunicado divulgado nesta segunda-feira – “chamam a atenção para a necessidade de respeitar os direitos humanos em toda a Europa, incluindo a liberdade de religião ou de credo para todos. Mesmo se ainda aguardamos maiores informações sobre o motivo e os detalhes sobre os ataques de Copenhagen, reiteramos o nosso claro compromisso em opormo-nos a todas as formas de antisemitismo e defendemos a criação de um espaço de diálogo em meio à diversidade na Europa”.

“Vivemos na esperança – acrescenta o Secretário Geral do organismo, Guy Liagre – de uma Europa em que todos possam verdadeiramente desfrutar de liberdade religiosa ou de religião e de uma paz segura e duradoura. Esta é a nossa oração para hoje e para cada dia no futuro”.

A Conferência das Igrejas Europeias expressa a sua proximidade, de modo particular, à comudade judaica e “reza pelas vítimas, seus amigos e familiares”. (JE)








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