Vaticano participa da iniciativa "Me ilumino menos"


Cidade do Vaticano (RV) – Celebra-se neste 13 de fevereiro a 11° edição da campanha internacional “Me ilumino menos”, voltada à economia de energia, lançada pela Radidue e patrocinada pelo Parlamento Europeu. Em apoio à iniciativa, também as luzes da Cúpula de São Pedro serão apagadas das 20h30 às 21h30. Sobre a importância desta iniciativa e do forte compromisso do Papa Francisco em favor da defesa da Criação, a Rádio Vaticano entrevistou o Diretor científico da Assoção “Greenaccord”:

“Seguramente os símbolos são importantes e nós sabemos bem disto. Porém, se os símbolos não são acompanhados também de uma reflexão e de um aprofundamento sobre a grave situação que nós estamos provocando no ecossistema e também sobre a responsabilidade individual, então é claro que o símbolo torna-se algo de pouco valor. Portanto, é importante que desta iniciativa parta um aprofundamento e uma reflexão sobre a temática ecológica”.

RV: O Papa Francisco multiplicou, nos últimos tempos, os seus pronunciamentos em favor da salvaguarda da Criação. Recentemente em uma Missa na Casa Santa Marta disse que “tutelar o ambiente não é uma prerrogativa, mas algo que todo cristão deveria considerar importante”. O que o senhor poderia dizer à respeito?

“O Papa Francisco, em diversas circunstâncias, salientou como a “cultura do desperdício” provoca danos ao homem, à natureza. Pois é uma cultura pervasiva, é a cultura do consumismo, é a cultura que tem como base não o homem, mas a utilidade econômico-financeira. Motivo pelo qual as pessoas que produzem pouco, que consomem pouco, como os anciãos e como os pobres, são descartados, assim como os recursos naturais quando não servem ao mercado, não servem à economia. Portanto, a reflexão do Papa é verdadeiramente importante e é o prelúdio da Encíclica que estamos esperando e que seguramente terá todos estes conteúdos fundamentais que costuram a economia da natureza com a ecologia humana”.

RV: O Papa Francisco, como os seus predecesores, sublinha a necessidade de se olhar para a totalidade e de não separar o homem do ambiente em que vive, como gostariam – também no passado recente – alguns movimentos ideológicos...

“Nós devemos ter presente um fato que pode parecer banal, mas do qual nos esquecemos profundamente: o bem-estar humano depende da natureza, do bem-estar do ecossistema que nos fornece tudo isto, da Criação que nos fornece tudo aquilo de que temos necessidade. Assim, se provocamos danos à natureza, prejudicamos a nós mesmos. Não é uma questão ideológica: em primeiro lugar existe sempre o homem que tem necessidade desta natureza. Uma humanidade saudável não pode prescindir de uma Criação saudável”. (JE)








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