Tragédia no Mediterrâneo: UE deve "salvar vidas"


Cidade do Vaticano (RV) - No final da Audiência Geral desta quarta-feira, 11 de fevereiro, o Papa lançou o enésimo apelo à solidariedade depois da última tragédia com imigrantes no Mar Mediterrâneo. Uma tempestade no Canal da Sicília matou pelo menos 300 pessoas a bordo de três embarcações. Destas, 29 migrantes morreram de frio.

“Desejo garantir a minha oração às vítimas e encorajar novamente à solidariedade, para que a ninguém falte o necessário socorro”, disse o Papa.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, Acnur, afirmou que a prioridade da União Europeia, UE, deve ser "salvar vidas".

Segundo a agência da ONU, os passageiros haviam saído da Líbia, no norte da África, no fim de semana. Há relatos de que mais quatro embarcações irregulares deixaram o país a caminho da Europa.

De Paris, em entrevista à Rádio ONU, o consultor jurídico do Acnur, José Fischel, disse que é importante considerar três blocos de países, os de origem, os de trânsito e os de destino.

"No que diz respeito ao países de origem, são aqueles de onde essas pessoas vêm. O segundo bloco é aquele dos países de trânsito. O trabalho da comunidade internacional é muito importante nesses países no sentido de garantir a proteção dos direitos humanos. A terceira atividade é aquela que diz respeito aos países de destino. Os países europeus têm que, sim, resgatar as pessoas em alto mar e após isso eles devem fazer uma análise no que diz respeito à solicitação de refúgio".

Como ressaltou o consultor jurídico do Acnur, José Fischel, o tráfico humano na região é um problema grave. No último domingo, realizou-se o primeiro Dia de Oração contra o tráfico humano. A rede de religiosas contra esta chaga, Talitha Kum, tem sede em Roma. Na equipe central trabalha a Ir. Albertina Pauletti, scalabriana, cujo carisma é justamente acompanhar os migrantes. Ir. Albetina fala de sua missão e de como as religiosas estão engajadas na linha de frente contra o tráfico humano.

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