Tragédia entre Espanha e Marrocos completa um ano


Madri (RV) – O Serviço Jesuíta para os Refugiados (JRS) pede vias de acesso seguras e legais à Europa, um anos depois que 14 pessoas morreram num confronto com a polícia de fronteira perto de Ceuta – enclave espanhol no território do Marrocos. “A tragédia de Tarajal – como ficou conhecida – é um sinal claro do fato de que a Espanha e outros Estados-membro da União Europeia estão longe de respeitar a dignidade e os direitos humanos dos migrantes forçados”, denuncia JRS.

No dia 6 de fevereiro de 2014, a polícia de fronteira espanhola disparou balas de borracha contra um grupo de migrantes que estava tentando chegar a nado à praia de Tarajal. Catorze migrantes morreram. Os que conseguiram chegar à praia, foram imediatamente transferidos para Marrocos. De acordo com a legislação internacional, eles deveriam ter tido a oportunidade de pedir asilo.

Durante todo o ano de 2014, muitos outros migrantes foram expulsos da Espanha nas mesmas modalidades. No momento, o país ibérico está tentando modificar a própria legislação para tornar essas práticas legais.

"O controle dos confins europeus não pode ser garantido a qualquer custo. A reforma proposta pelo governo espanhol representa uma renúncia à tutela dos direitos humanos e uma falência em relação ao empenho de promover os princípios de dignidade e justiça. Entre outras coisas, a reforma violaria a legislação da UE que proíbe expulsões coletivas”, afirma a advogada membro do JRS espanhol, Cristina Manzanedo.

“A violência de um Estado contra migrantes indefesos na fronteira entre Espanha e Marrocos é inaceitável e deve acabar imediatamente. Pedimos às instituições da União Europeia e aos Estados-membros que anteponham a vida humana ao controle das fronteiras”, declarou.

(BF)








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