O Brasil não aceita caminhos de violência e rejeição


Cidade do Vaticano (RV) – “Brasil, Pátria Educadora”, bradou a Presidente Dilma Rousseff em seu discurso de posse, no último dia 1º de janeiro. No comprometimento de que só a educação liberta um povo e lhe abre as portas de um futuro próspero, muito há que fazer. Dos 5,9 milhões de candidatos no Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem, meio milhão teve nota zero em redação, enquanto 250 alcançaram a nota máxima. Esta evidente disparidade entre os concorrentes denota diferenças sociais.

Apesar de ter melhorado, nos últimos anos, a distribuição de riquezas, o Brasil continua a ser um dos países mais desiguais do mundo. É o que aponta o relatório Equilibre o Jogo: É Hora de Acabar com a Desigualdade Extrema, divulgado em outubro passado pela Oxfam – ong que desenvolve campanhas e programas de combate à pobreza em todo o mundo.

“Para continuar melhorando é necessário aprimorar as políticas sociais e os serviços básicos, principalmente em termos de qualidade. Além disso, é preciso rever a questão tributária e fiscal, de forma que quem tem mais contribui mais e quem tem menos contribui menos”, aponta a ong.

Em sua avaliação, “é também necessário tocar as causas estruturais dessa desigualdade histórica, que afeta o país desde a época da colonização, feita por exploração e com extrema concentração de terras”. 

Segundo o teólogo e filósofo Leonardo Boff, para fazer coexistir estes princípios, é preciso alimentar em nós a tolerância. A tolerância é  capacidade de manter, positivamente, a coexistência difícil e tensa dos dois pólos, sabendo que eles se opõem mas que com-põem a mesma e única realidade dinâmica.

Conosco, o embaixador brasileiro junto à Santa Sé, Denis Fontes Pinto, que analisa a questão da diversidade e da tolerância a partir justamente do nascimento do Brasil. Ouça-o, clicando acima.

(CM)

 








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