Card. Parolin: Mediterrâneo seja lugar de encontro e de convivência pacífica

Cidade do Vaticano (RV) - Para enfrentar as causas fundamentais da migração é preciso uma resposta comum diante “das ações impiedosas e sem escrúpulos dos traficantes de seres humanos e da migração clandestina”.

É o que afirma o Cardeal Secretário de Estado Pietro Parolin na mensagem  à IX Sessão plenária da Assembleia Parlamentar do Mediterrâneo, em andamento no Principado de Mônaco.

A mensagem do Cardeal Parolin contém também os votos do Papa Francisco de que “os debates e reflexões” da assembleia “possam contribuir para uma nova cultura do encontro entre todos os povos da região mediterrânea”.

O purpurado enumera os novos prementes desafios apresentados aos países da região decorrentes da instabilidade política no norte da África e da guerra ao terrorismo no Iraque e Síria. E constata que em 2014 se viu o “malévolo fenômeno do extremismo e do terrorismo atingir direitos humanos fundamentais”.

A Santa Sé, ressalta o Cardeal Parolin, “está particularmente preocupada com a sobrevivência das minorias cristãs no Oriente Médio” e “reconhece que também os muçulmanos continuam sofrendo por mãos daqueles que justificam a violência e a carnificina em nome de Deus”.

Denuncia que “a violência em nome de Deus jamais pode ser justificada” e reafirma – fazendo eco às palavras do Papa Francisco – que estes atos de violência devem ser condenados de modo inequívoco pelos líderes muçulmanos. Reitera, mais uma vez, que “a violência em nome de Deus jamais pode ser justificada”.

O Cardeal Secretário de Estado recorda que durante milênios “o Mediterrâneo foi lugar de encontro de culturas e de povos”. Um desafio, prossegue, que permanece a fim de que esta área se renove “como lugar de encontro, de respeito recíproco e de convivência pacífica”. (RL)