Fidel dá "sinal verde" ao acordo com EUA


Havana (RV) – Mesmo não confiando na política estadunidense, o ex-Presidente cubano, Fidel Castro, deu um substancial “sinal verde” ao processo de normalização nas relações entre Cuba e Estados Unidos, anunciado em 17 de dezembro passado pelo seu irmão Raúl Castro, e pelo Presidente dos Estados Unidos Barack Obama.

Rompendo um silêncio de oito meses, Fidel Castro, que não aparece em público desde janeiro de 2014, escreveu uma carta publicada nesta terça-feira (27/01) no “Granma”, órgão oficial do Partido Comunista cubano, e lida na televisão estatal.

Na mensagem, escrita por ocasião do 70º aniversário de seu ingresso na Federação Estudantil Cubana, o líder máximo da revolução volta a usar palavras duras em relação aos Estados Unidos, nos quais afirma não ter confiança, e com cujos representantes declara não ter conversado. Outrossim, precisa que o irmão Raúl “deu passos pertinentes com as suas prerrogativas e as faculdades que lhe concedem a Assembleia Nacional e o Partido Comunista de Cuba”.

“Não tenho confiança na política dos Estados Unidos, nem nunca troquei palavras com eles, mas isto não significa uma rejeição da solução pacífica dos conflitos e dos riscos de guerra”, lê-se na mensagem. “Defenderemos sempre a cooperação e a amizade com todos os povos do mundo, entre os quais os nossos adversários políticos”, escreve ainda Fidel Castro, recordando também que cada questão entre os Estados Unidos e os povos da América Latina - que não implique o uso de força  - “deve ser enfrentada segundo os princípios e as normativas internacionais”.

Em 21 de janeiro uma delegação estadunidense chefiada pela Secretária de Estado adjunta para Assuntos Hemisféricos, Roberta Jaconson, reuniu-se com autoridades cubanas em Havana para tratar do processo de normalização das relações. (JE)








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