Após encontrar o Papa, Jolie visita minorias no Iraque


Cidade do Vaticano (RV) – O encontro com Francisco no início deste mês parece ter incentivado a atriz e diretora estadunidense Angelina Jolie – enviada especial do Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Acnur – a voltar ao Iraque onde visitou, no domingo (25/01), dois campos de refugiados. Jolie, afirma o site da agência da ONU, assim como o Papa, disse que é preciso muito mais ajuda internacional. "Estamos sendo testados aqui como Comunidade internacional e, até agora, apesar de todas os esforços e boas intenções a Comunidade internacional está falhando", declarou Jolie após a visita a um dos campos de refugiados na região de Dohuk.

Atualmente, o Iraque registra mais de 3,3 milhões de pessoas deslocadas, grande parte expulsa de seus territórios originais e violentada pelos insurgentes do autoproclamado estado islâmico. “Nada pode te preparar para as terríveis histórias destes sobreviventes de sequestros, abusos e exploração e ver como eles não tem acesso à urgente ajuda da qual precisam e merecem”, disse ainda Angelina Jolie.

Preocupação com as minorias

Não por coincidência, no mesmo dia em que Jolie foi recebida pelo Papa, uma delegação da minoria iazidi também estava no Vaticano para encontrar Francisco. Ao recordar a carta de Natal que enviou aos cristãos do Oriente Médio, o Papa também expressou sua preocupação pelas demais minorias que foram forçadas a deixar suas casas. “Não posso esquecer dos outros grupos religiosos e étnicos que também sofrem perseguição e as consequências destes conflitos”, disse Francisco.

No tradicional discurso de início de ano aos embaixadores no Vaticano, o Papa fez um apelo austero à Comunidade internacional: “Um Oriente Médio sem cristãos seria um Oriente Médio desfigurado e mutilado!”, disse ao exortar a comunidade internacional a não ficar indiferente a esta situação: “Espero que os líderes religiosos, políticos e intelectuais, especialmente muçulmanos, condenem toda interpretação fundamentalista e extremista da religião que tenda a justificar tais atos de violência”, concluiu Francisco.  (RB)








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