Scalabrinianas acolhem "carne de Cristo" na Sicília


Siracusa (RV) – Os constantes apelos do Papa Francisco em favor dos migrantes continuam a surtir efeito. As irmãs Missionárias de São Carlos Borromeu (Scalabrinianas) estão presentes desde o último domingo em Siracusa, Ilha da Sicília, para trabalhar na acolhida e assistência aos migrantes.  As três primeiras irmãs na nova comunidade são as brasileiras Teresinha Santin e Ivanir Filipi, acompanhadas pela religiosa albanesa Gjeline Preçi.

“Uma resposta ao premente apelo do Papa Francisco para ‘abrir os conventos aos refugiados carne de Cristo’ – explicam a Superiora Geral, Irmã Neusa Fatima Mariano e a Responsável pela Província São José/Europa, Irmã Milva Caro. Uma decisão – a de abrir uma nova comunidade religiosa – num tempo em que tudo leva ao redimensionamento e à economia de forças e de recursos. Um sinal da caridade pastoral da Congregação no ano da beatificação da cofundadora Madre Assunta marchetti”.

As religiosas explicam que será uma presença missionária não tanto para estar em primeira linha, “mas para ‘habitar’ na Igreja local, com o povo de Siracusa e com os migrantes”. Será uma comunidade itinerante ao lado da história dos migrantes, “para que nunca lhes falte o pão da Palavra de Deus e o espaço para viver com dignidade”.

De fato, ao visitar o Centro Astalli para os refugiados em 10 de setembro de 2013, o Papa Francisco havia ressaltado que para a Igreja “é importante que a acolhida do pobre, a promoção da justiça, não seja confiado somente a ‘especialistas’, mas seja uma atenção de toda a pastoral, da formação dos futuros sacerdotes e religiosos, do compromisso normal de todas as paróquias, movimentos e agregações eclesiais, para então exortar de forma veemente:

“Em particular gostaria de convidar também os Institutos religiosos a ler seriamente e com responsabilidade este sinal dos tempos. O Senhor chama a viver com mais coragem e generosidade a acolhida nas comunidades, nas casas, nos conventos vazios. Caríssimos religiosos e religiosas, os conventos vazios não servem à Igreja para transformar-lhes em albergues e ganhar algum dinheiro. Os conventos vazios não são nossos, são para a carne de Cristo que são os refugiados. O Senhor chama a viver com generosidade e coragem a acolhida nos conventos vazios”. (JE)








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