2015-01-21 09:58:00

Dom Farrel: diálogo ecuménico importante também sobre o papel da mulher


 

No próximo domingo, 25 de janeiro, às 17h30 locais, na Basílica de São Paulo Fora dos Muros, o Papa Francisco presidirá à celebração das Segundas Vésperas da Solenidade da Conversão de São Paulo, na conclusão da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. A edição deste ano tem como tema: “Dá-me um pouco de água para beber”, palavras de Jesus dirigidas à Samaritana no poço de Jacob. A propósito, eis a reflexão do secretário do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Dom Brian Farrel:

O diálogo para superar as diferenças

“A dinâmica da busca da unidade entre os cristãos é uma interacção entre aquilo que temos em comum e aquilo que nos diferencia. Temos aí Jesus que passa por uma terra que não é sua, que se encontra com uma mulher que pertence a um povo não seu, mas vemos que se encontram, se falam, discutem, no entanto, no final chegam a um acordo entre eles. Este é, de certo modo, o modelo do encontro ecuménico: chegamos com as nossas diferenças, mas também sabemos que temos muitas coisas em comum. Devemos encontrar-nos para ver como podemos superar aquelas coisas diferentes, que nos mantêm separados.”

O papel da mulher

O facto de Jesus falar com uma mulher, e com esta mulher em particular, cria uma certa surpresa, até mesmo escândalo entre os seus discípulos. É um incentivo para todas as nossas tradições a rever o papel da mulher na Igreja de hoje?

“Pode ser também uma admoestação, porque creio que todos podemos admitir tranquilamente que a mulher não tem verdadeiramente o lugar que lhe corresponde na vida eclesial, e que devemos aprender a buscar condições a fim de que a mulher possa assumir este seu lugar, ter o lugar que lhe corresponde. Esta é uma grande discussão. As respostas deverão vir. Creio que estamos atrasados, no sentido que a cultura deixou-nos retardatários. Penso que o encontrar-nos no diálogo ecuménico esclareça muitos temas e também o modo de viver a mensagem cristã no mundo de hoje. E, naturalmente, uma das questões prementes em todo este estar juntos com os nossos amigos de outras Igrejas é a questão da mulher e o seu papel. Nesse sentido, creio que o diálogo ecuménico ajude também nós, católicos, a esclarecer coisas fundamentais.” (RL/BS)

 








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