Carnaval argentino homenageia o Papa


Buenos Aires (RV) – As palavras do Papa Francisco dirigidas aos jovens argentinos durante a JMJ na Catedral do Rio de Janeiro, “Espero que saiam às ruas e façam barulho”, encontraram eco também no Carnaval de Gualeguaychú, considerado o “carnaval do país”. A “Tiro federal”, uma das cinco sociedades que organiza o carnaval, escolheu para este ano justamente o lema “Façamos barulho!”.

Durante os finais de semana de janeiro e fevereiro, três carros alegóricos com cerca de 300 pessoas vão homenagear o Pontífice argentino com um desfile dividido em várias partes, representando os valores, a vida, a personalidade e os objetivos de Jorge Bergoglio.

A primeira parte representa o “Habemus Papam”, a nomeação e “o orgulho” que tomou conta dos argentinos após a eleição do jesuíta latino-americano, em 13/03 de 2013. As músicas e adereços farão menção a forma de ser de Bergoglio e tudo o que o define, desde o tradicional mate, seu bairro portenho de Flores, o amor pelo tango, até as 'villas', onde começou seu trabalho pastoral.

O bloco dedica também um espaço à integração pois “ele foi um sacerdote que sempre buscou coerência e se preocupou em nunca excluir” ninguém, explicou a compositora e cantora Belén Grecco, da escola Ara Yevi.  Os integrantes personificam através da música, da dança e da linguagem plástica, “as batalhas de Francisco”, entre as quais a violência de gênero, a ostentação e o individualismo, a agressão à natureza e o tráfico de pessoas.

O “esquadrão da morte”, por sua vez, retrata a guerra, considerada pelo Papa como “o suicídio da humanidade” e que é enfrentada no carnaval por um grupo de 50 pessoas, com tambores, alegria e corações que defendem o amor. Com esta luta entre o bem e o mal chega-se  ao carro que conclui o desfile, de onde sai, em meio a plumas brancas e uma pomba da paz, o rosto tranquilizador do protagonista do desfile, o Papa Francisco.

O Carnaval de Gualeguaychú 2014, o mais importante da Argentina, realiza-se de 10 de janeiro a 28 de fevereiro numa área que pode acolher 40 mil pessoas. (EFE – JE)








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