Os budistas amam o Papa Francisco: diz o bispo cingalês, Dom Andradi


Colombo (RV) - A visita do Papa Francisco ao Sri Lanka se concluirá nesta quinta-feira, mas os compromissos públicos do Santo Padre em terras cingalesas concluíram-se nesta quarta-feira com a oração mariana no Santuário de Nossa Senhora do Rosário de Madhu. Sobre o significado da visita do Pontífice ao Sri Lanka, eis o que nos disse o bispo de Anuradhapura, Dom Norbert Marshall Andradi, entrevistado pelo colega Silvonei José:

Dom Norbert Marshall Andradi: “Para nós é uma oportunidade importante, por sua mensagem de paz e de reconciliação entre os povos deste país. De fato, devemos – como nação – caminhar rumo à paz permanente, no sentido que devemos encontrar um mecanismo político que assegure os direitos às minorias.”

RV: Como é para os católicos daqui viver num país em que são minoria?

Dom Norbert Marshall Andradi:- “A questão é significativa, para mim, porque na diocese em que vivo os católicos são 1% da população. Buscamos viver entre os demais da melhor forma possível... Neste período não há grandes dificuldades; por vezes há algum extremista que cria problemas, mas normalmente convivemos tranquilamente... Por exemplo, sempre encontro os líderes budistas: eles ficaram muito contentes com nosso convite a encontrar o Papa...”

RV: O senhor tem contatos com os budistas, há algo do Santo Padre que chama a atenção deles?

Dom Norbert Marshall Andradi:- “O amor do Papa pelos pobres, seu esforço para criar a paz no mundo e tudo aquilo que busca fazer no mundo inteiro: por exemplo, com suas viagens pastorais, indo recentemente à Palestina, à Turquia e também à Albânia... Eles amam-no por este empenho que assume como homem de paz, de reconciliação e também por ser um homem que ama os pobres, um homem que busca criar boas relações com todas as outras religiões...”

RV: Qual fruto espera desta viagem?

Dom Norbert Marshall Andradi:- “Creio que com esta viagem do Santo Padre nos sentimos muito encorajados. Impressionou-nos o fato de ele ter vindo aqui, a este pequeno país, mesmo antes de visitar seu país natal, aonde ainda não foi. O fato de ele ter decidido vir estar entre nós é um grande encorajamento para nós, para crescermos em nossa fé, para conhecermos melhor a nossa vocação à santidade.” (RL)








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