O Haiti no coração da Igreja


Cidade do Vaticano (RV) - A Santa Sé prossegue os seus esforços em favor do Haiti. Para recordar o quinto aniversário do terremoto que devastou o país caribenho, provocando a morte de ao menos 220 mil pessoas, a Pontifícia Comissão para a América Latina e o Pontifício Conselho "Cor Unum" organiza neste sábado (10/01), a conferência “A comunhão da Igreja: Memória e esperança para o Haiti, cinco anos depois do terremoto”, que reúne no Vaticano Superiores dos dicastérios, Bispos haitianos, Representantes de Conferências Episcopais do Brasil, México, Alemanha, França, Espanha, Estados Unidos, entre outros, Embaixadores junto a Santa Sé, Superiores e Superioras Gerais de várias Congregações religiosas e Representantes de agencias eclesiais de ajuda e de cooperação. Do Brasil, participa o Secretário-Geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner. No final da manhã, os participantes serão recebidos em audiência, no Vaticano, pelo Papa Francisco. 

Mesmo com a ajuda internacional, as consequências do sisma são ainda evidentes. O país, com baixo índice de desenvolvimento, está exposto à insegurança alimentar e vê a pobreza difundida. Um sinal positivo, no entanto, é a atitude de esperança que renasce em parte da população.

A Santa Sé e a Cáritas sempre se mostraram atentas e solidárias com a população haitiana. Bento XVI, logo após o violento terremoto, apelou à Comunidade internacional socilitando a todos uma solidariedade e generosidade concreta diante da dor e necessidades da população atingida. Além da incomum solidariedade internacional, também a Igreja acionou suas diversas agências de ajuda humanitária, tendo à frente a 'Catholic Relief Services', do episcopado estadunidense, que começou a coordenar os trabalhos. Um ano após, o Papa enviou ao país o Presidente do Pontifício Conselho Cor Unum, Cardeal Robert Sarah, porta-voz de uma mensagem do Santo Padre e de uma ajuda econômica no valor de 1,2 milhões de dólares.

A ajuda continuou com o Papa Francisco, que de 25 a 29 de novembro enviou novamente à ilha o Cardeal Sarah para exprimir a sua proximidade à população e agentes empenhados na reconstrução. O Cardeal inaugurou uma escola, encontrou o episcopado, a Cáritas, sacerdotes, religiosos e leigos comprometidos na assistência e reconstrução da infra-estrutura e do desenvolvimento humano integral da população.

Ao encontrar o Presidente haitiano em 24 de fevereiro passado, o Papa Francisco reiterou "a importância de continuar o empenho na reconstrução do país e a necessidade de favorecer um sincero diálogo entre as diversas forças institucionais para a reconciliação e o bem comum".

Ainda em 2014, durante o Angelus de 12 de janeiro, o Papa anunciava o primeiro Cardeal do Haiti, Dom Chibly Langlois, demonstrando assim mais uma vez a proximidade da Igreja universal para com o país que ainda pagava um alto preço pelas consequências do sisma.

Em 12 de janeiro de 2010 perderam a vida 222 mil pessoas, mais de 300 mil ficaram feridas e 1,5 milhões sem moradia. Também numerosos sacerdotes, seminaristas, religiosos e religiosas perderam a vida, entre os quais o Arcebispo de Porto Príncipe, Dom Josep Serge Miot, encontrado sob os escombros da Catedral, e a brasileira Dra Zilda Arns, da Pastoral da Criança. (JE)








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