O mundo reage ao atentado em Paris


Cidade do Vaticano (RV) – Sobre o dramático atentado que chocou a França e o mundo, a redação francesa da Rádio Vaticano entrevistou Dom Olivier Ribadeau Dumas, porta-voz da Conferência Episcopal Francesa:

“Eu acho que devemos ser prudentes e esperar para saber quem realizou este atentado. Não devemos tirar conclusões apressadas. É também preciso lembrar duas coisas essenciais. A primeira é que não devemos ceder ao ódio. A segunda é que devemos viver a fraternidade no diálogo", afirmou.

Dura condenação do ataque também do reitor da grande Mesquita de Paris, Dalil Boubakeur:

“Foi um choque também para todos os muçulmanos. E como toda a sociedade francesa, condenamos nos termos mais fortes o ataque e a tentativa de apresentá-lo como se tivesse algo a ver com o Islã. Condenamos o assassinato, condenamos o ataque à vida”.

Horror e consternação na França, entre os cidadãos e, obviamente, entre os jornalistas. A Rádio Vaticanto contatou por telefone, em Paris, Samuel Lieven, jornalista do jornal católico La Croix:

R. - Charlie Hebdo é um jornal que, após a publicação de caricaturas de Maomé, foi sempre um alvo possível, se sabia que um dia poderia ser atingido. No entanto, não se podia imaginar em que medida, porque a França nunca foi tão duramente atingida pelos islâmicos. Os mais recentes atentados de '95 causaram a morte de oito pessoas. Assim, a primeira reação das pessoas foi de horror porque não se imaginava que aquele jornal teria sido tão duramente atingido.

P. - O presidente Hollande disse que nos últimos tempos foram evitados vários ataques, talvez não foi subestimado o risco de atentados?

R. – “Fala-se sobre isso, especialmente após os ataques no Oriente Médio e da possibilidade do retorno daqueles jovens que tinham ido lá para se juntar à jihad. Mas a opinião pública não estava tão informada. Sabia-se que existia uma ameaça. As autoridades públicas falavam de uma ameaça cada vez mais evidente contra a qual estavam lutando, mas as pessoas não tinham informações mais precisas sobre o assunto. Um grande colunista, Serge Moati, disse que o islamismo ideológico não deve causar medo e que devemos absolutamente continuar a lutar contra as barbáries. Todos os franceses devem resistir às ameaças destes islâmicos que não representam ninguém, a não ser si mesmos”. (SP)








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