Santa Sé promove debate sobre astronomia no cristianismo e no Islã


Cidade do Vaticano (RV) – Para celebrar o centenário das famosas equações de Albert Einstein no campo da Relatividade Geral, a ONU declarou 2015 como Ano Internacional da Luz. No âmbito das celebrações, a Specola Vaticana e Embaixada do Irã junto à Santa Sé organizam a convenção “A Astronomia no cristianismo e no Islã”, a ser apresentada aos jornalistas na Sala Marconi, da Rádio Vaticana, na sexta-feira (09/01), às 12 horas.

Diversas iniciativas serão desenvolvidas ao longo de 2015 pela Specola Vaticana voltadas ao tema, começando pela Convenção organizada junto com o Irã, a ser realizada em Castel Gandolfo, na Itália, de 13 a 15 de janeiro. O encontro pretende dialogar e refletir sobre a importância que a Astronomia teve e tem no Cristianismo e no Islã.

Em novembro de 1915, Albert Einstein escreveu suas famosas equações. A luz, de fato, desenvolve um papel fundamental na nossa vida cotidiana. Podemos estabelecer os tempos e calendários que regulam os nossos ritmos de oração, trabalho e repouso, graças à luz cósmica. A importância da luz, no entanto, vai bem além da vida cotidiana na Terra. É o mensageiro cósmico que nos ajuda a compreender melhor a origem do universo. A luz que chega aos grandes telescópios nos permite vizualizar as imagens do cosmos contemplando nele as marcas do Criador. Assim, a luz é um elemento importantíssimo no âmbito da religião e da cultura e não somente no mundo da ciência e da tecnologia.

Conhecimento Recíproco

Os tempos atuais, mais do que nunca, pedem um profundo e completo conhecimento recíproco entre a civilização islâmica e cristã. Experts orientais buscam ilustrar a civilização muçulmana à Europa. Neste sentido, o Diretor da Specola Vaticana, Padre José G. Funes SJ, observa que “o que aconteceu nos países muçulmanos nos últimos 30 anos e o reconhecimento da cultura muçulmana por parte das sociedades ocidentais, demonstram que devemos tentar chegar seriamente a uma compreensão profunda e detalhada um do outro”.

Civilizações

O sacerdote reconhece os diversos pontos comuns existentes entre as duas civilizações, o que permite “falar dos nossos sucessos passados e das nossas conquistas e examinar um ponto de vista comum”, mas ambas as partes devem esforçar-se para levar em frente este diálogo. Neste sentido – avaliou – “a realização da convenção “nos dará a oportunidade dparaexpandir e trocar os nossos conhecimentos e de fornecer um relatório sobre o papel da astronomia como patrimônio comum na comunidade mundial”.

“Acreditamos que podemos sentar juntos e falar do patrimônio científico de ambas as civilizações, disse o jesuíta. Temos a ocasião para falar da história da astronomia nas nossas civilizações e buscar entender como a civilização islâmica utilizou os resultados da astronomia grega para desenvolver conhecimentos nos países islâmicos e como as civilizações europeias utilizaram o saber dos astrônomos islâmicos, traduzindo alguns livros de astronomia da civilização islâmica na Idade Média”. (JE)








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