Com uma Basílica de S. Pedro repleta de fiéis, o Papa Francisco celebrou esta manhã a santa missa por ocasião da Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus e do quadragésimo oitavo Dia Mundial da Paz – 01 de janeiro de 2015
Na sua homilia, o Papa Francisco iniciou dizendo que < E, para além de contemplar a face de Deus, podemos também louvá-Lo e glorificá-Lo
como os pastores, que regressaram de Belém com um cântico de agradecimento depois
de ter visto o Menino e a sua jovem mãe (cf. Lc 2, 16). Estavam juntos, como juntos
estiveram no Calvário, porque Cristo e sua Mãe são inseparáveis: há entre ambos uma
relação estreitíssima, como aliás entre cada filho e sua mãe. Maria está assim tão unida a Jesus, porque recebeu d’Ele o conhecimento do coração,
o conhecimento da fé, alimentada pela experiência materna e pela união íntima com
o seu Filho. A Virgem Santa é a mulher de fé, que deu lugar a Deus no seu coração,
nos seus projectos; é a crente capaz de individuar no dom do Filho a chegada daquela
«plenitude do tempo» (Gl 4, 4) na qual Deus, escolhendo o caminho humilde da existência
humana, entrou pessoalmente no sulco da história da salvação. Por isso, não se pode
compreender Jesus sem a sua Mãe. Igualmente inseparáveis são Cristo e a Igreja, e não se pode compreender a salvação
realizada por Jesus sem considerar a maternidade da Igreja. Mas também não é possível
«amar a Cristo, mas sem amar a Igreja, ouvir Cristo mas não a Igreja, ser de Cristo
mas fora da Igreja» (Ibid., 16) recordou o Papa Francisco citando o beato Papa Paulo
VI. Na verdade, é precisamente a Igreja, a grande família de Deus, que nos traz Cristo.
A nossa fé não é uma doutrina abstracta nem uma filosofia, mas a relação vital e plena
com uma pessoa: Jesus Cristo, o Filho unigénito de Deus que Se fez homem, morreu e
ressuscitou para nos salvar e que está vivo no meio de nós. Onde podemos encontrá-Lo?
Encontramo-Lo na Igreja. É a Igreja que diz hoje: «Eis o Cordeiro de Deus»; é a Igreja
que O anuncia; é na Igreja que Jesus continua a realizar os seus gestos de graça que
são os sacramentos. < < Que esta Mãe concluiu o Papa, doce e carinhosa
nos obtenha a bênção do Senhor para a família humana inteira! Hoje, Dia Mundial da
Paz, invoquemos de modo especial a sua intercessão para que o Senhor dê paz a estes
nossos dias: paz nos corações, paz nas famílias, paz entre as nações. Este ano, a
mensagem especial para o Dia Mundial da Paz reza: «Já não escravos, mas irmãos». Todos
somos chamados a ser livres, todos chamados a ser filhos; e cada um chamado, segundo
as próprias responsabilidades, a lutar contra as formas modernas de escravidão. Nós
todos, de cada nação, cultura e religião, unamos as nossas forças. Que nos guie e
sustente Aquele que, para nos tornar irmãos a todos, Se fez nosso servo!
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