Governo cubano deve acelerar restituição de imóveis à Igreja


Havana (RV) - A mediação do Vaticano no restabelecimento das relações entre Cuba e Estados Unidos deve acelerar a restituição dos imóveis à Igreja por parte do Governo cubano. Desde o final de 2009, cerca de 12 propriedades e construções já foram devolvidas, após terem sido confiscadas pela revolução.

O processo de restituição dos imóveis como igrejas, antes de tudo, mas também de casas paroquiais, terrenos e prédios desapropriados pelo governo cubano após a revolução, teve início no final de 2009, com a tratativa feita pela Igreja cubana em favor da libertação de um grupo de dissidentes, e que contou com o apoio do governo espanhol.

"É um gesto muito positivo por parte das autoridade", comentou à Agência AP, o Secretário Adjunto da Conferência Episcopal , Padre José Félix Pérez. "De qualquer maneira, restituir aquilo que pertence à Igreja, gera um clima de confiança", avaliou.

O processo de restituição - além de várias igrejas menores - inclui também diversas propriedades de valor, como a Capela da antiga Universidade de São Tomás de Villanueva, a oeste de Havana, ou as Igrejas São José Operário e São Benito, em Santiago de Cuba. Mas a "verdadeira pérola" é o antigo Colégio dos Padres Jesuítas, uma imponente construção na cidade de Cienfuegos, 250 km a sudoeste da capital.

A restituição pode ter motivações também econômicas, pois o estado de conservação dos imóveis é precário e o governo cubano não teria recursos para restaurar e manter as construções que sofrem rápida deterioração. Após a revolução, os imóveis foram usados como lojas, refeitório para operários ou escolas. De qualquer forma, a devolução também é fruto da reaproximação entre Estado e Igreja iniciada nos anos 90 e culminada com as visitas de João Paulo II em 1998 e Bento XVI em 2012. (terradeamerica - JE)








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