Ministra da Saúde do Senegal declarada "Homem" do ano 2014

 

Segundo esta fonte, ela soube tomar medidas eficazes para evitar a progapagação do vírus Ebola e curar rapidamente o único doente que se verificou no país: um jovem estudantes originário da Guiné-Conacri. .

Soube também utilizar eficazmente os meios de comunicção para informar, da melhor forma, a população sobre a natureza do vírus Ebola, sem, todavia, criar pânico nas pessoas. A sua postura perante o vírus - escreve "Afrik.com" deu a volta ao mundo, levando o Presidente dos Estados Unidos, Barak Obama, e enviar uma equipa de invetigadores americanos para conhecer os seus métodos. 

Com 61 anos de idade, Awa Maria Coll Seck - continua a nossa fonte - é medico de formação. Foi docente de Medicina durante muitos anos  e,  de 1996 a 2001,  foi responsável da ONUSIDA (o programa das Nações Unidas contra o HIV-SIDA) em Genebra.

Em 2001 assumiu a pasta da Saúde sob a presidência de Abdoulaye Wade. Dois anos depois foi obrigada a demitir-se por falta de militantismo - escreve Seneweb.  Regressa a Genebra, onde passa nove anos, antes de voltar de novo ao Senegal para apoiar a candidatura de Macky Sall a Presidente do país em 2012.

Em abril desse mesmo ano foi nomeada Minstra da Saúde e Ação Social. Desde então o Presidente já fez muitas remodelações do Governo, mas ela nunca foi removida do seu lugar. Sinal da confiança que Macky Sall deposita nela.

Á sua imagem sobria e serena - palavras de Seneweb - Awa tem sabido aliar a sua convicção de fundo: é preciso curar tanto o copro como o espírito das pessoas.

No entanto, segundo Ansoumana Dione, Presidente da Associação Senegalesa para o Acompanhamento da Assistência aos Doentes Mentais (ASSAMM), a Ministra Awa Marie Coll Seck não merece o título de "Homem do Ano 2014", pois que a situação de saúde no país não se resume à doença provocada pelo vírus Ebola, tanto mais que no país se verificou um único caso e que foi - frisou Ansoumana  - rapidamente controlado  graças à engenhosidade do Professor Moussa Seydi, Chefe dos Serviços de Doenças Infeciosas do Centro Hospitalar Nacional da Universidade de Fann. 

Ansoumana Dione faz ainda notar que no Senegal  existem 2192 casos de doentes mentais que deambulam pelo país e a quem é negados o dirieto à saúde. 

Ansoumana Dione sublinha que falta no país um plano politico fiável para o sector da saúde. Perante isto, atribuir o título de "Homem do Ano" à Ministra da Saúde é – diz-  uma demagogia intelectual  animada por certos individuos manipulados pela Ministra. 

De sublinhar, contudo, que o próprio site jornalístico Seneweb, refere no amplo artigo em que atribui o referido titulo à Ministra Awa, que o sector da saúde no Senegal é um corpo doente e que a vitoria obtida no combate à propagação do Ebola no país não esconde os males que afectam o sector da saúde. Não obstante os esforços do Ministerio regido por Awa Coll Seck para melhorar os serviços, numerosas são as dificuldades que restam ainda por vencer: antes de mais a grande escassez de recursos humanos competentes, mas também de infraestruturas, equipamentos adequados e acesso aos serviços de saúde sobretudo em casos de emergência. 

As diversas reformas actuadas para fazer decolar o sector da saúde - continua o site seneweb - demoram a dar frutos, sobretudo no que toca à assistência gratuita aos carenciados. 

A adopção em 2013 da chamada "Couverture Maladie Universel" apresenta muitas lacunas. Enfim, muitos trabalho ainda à espera de Awa Marie Coll Seck - remata o site Seneweb.

(DA)