Mensagem de Natal do Cardeal venezuelano Urosa Savino


Caracas (RV) – O Arcebispo de Caracas, Cardeal Jorge Urosa Savino, em sua mensagem de Natal, convidou os fiéis a viver um Natal “mais profundo e autêntico” e a reforçar a fé em Deus, para combater a corrupção e a violência dos corações e da sociedade. Destacando a preocupação do povo venezuelano pela difícil situação do País, o purpurado lembrou que “a atual crise econômica é também resultado das grandes entradas pelos elevados preços do petróleo” que levaram ao “gravíssimo pecado da avidez, à busca desenfreada pelo dinheiro fácil, à corrupção, ao saque dos recursos da nação, à especulação”.

Neste sentido, afirmou o purpurado, existe um clima sócio moral de negligência, de irresponsabilidade das próprias ações, mas também de violência que, em suas graves formas de expressão, leva ao ódio, ao crime, à delinquência assassina e à destruição dos outros. “É necessário lembrar – escreve o Card. Urosa – que tudo isso é pecado, que nos separa de Cristo, tornando-nos vulgares criminosos”, porque Deus, em seus mandamentos, nos diz: ‘não matarás, não roubarás’”.

O Arcebispo de Caracas também se refere às ameaças que pairam sobre os cristãos no Venezuela. “A nossa fé está ameaçada pela superstição” e “pelo insistente e falso espírito do Natal, que nada mais é que banal idolatria e que devemos rejeitar energicamente”. O Card. Urosa alertou também para a ameaça da “expansão do satanismo que é uma religião diferente e contrária do cristianismo, incompatível com a fé em Cristo”.

Além disso, o purpurado destacou que o maior perigo para os cristãos é sua fraqueza humana que faz esquecer a felicidade de amar a Deus sobre todas as coisas e os outros mais que a si mesmos. O arcebispo exortou a viver o Natal de maneira mais profunda e autêntica, a fortalecer a fé e a não esquecer os irmãos que sofrem na solidão, a doença e a pobreza.

 

Por fim, o purpurado lançou um apelo “aos funcionários do Estado responsáveis pelos cárceres para que encontrem soluções aos graves problemas que atingem estas estruturas” e ao respeito pela vida e a dignidade humana dos presos. “Teremos um Natal alegre e positivo – escreve o cardeal - se enfrentarmos o desafio de viver como filho de Deus, de viver como irmãos, praticando a solidariedade, rejeitando o mal e toda sua forma, perdoando que nos ofende, trabalhando pelo bem comum do País, defendendo os direitos humanos, a liberdade e a justiça”. (SP)








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