Visita do Papa às Filipinas: pedido de perdão da Igreja


Manila (RV) – A visita do Papa às Filipinas será também marcada por“um pedido de perdão”, feito pelos bispos, sacerdotes e religiosos. Um “mea culpa” simbólico e comunitário não só pelas faltas e os pecados enquanto indivíduos cristãos, mas também pelas culpas cometidas “como líderes da Igreja”. O anúncio foi feito pelo Arcebispo de Manila, Cardeal Luis Antonio Tagle, nos dias passados durante uma coletiva de imprensa sobre o andamento da preparação da visita do Papa Francisco, que se realizará entre os dias 15 e 19 de janeiro de 2015.

Misericórdia

O pedido de perdão do clero e dos religiosos está marcado durante a primeira liturgia presidida pelo Pontífice em Manila, no final da manhã de sexta-feira, dia 16. Francisco presidirá a liturgia na Catedral da Imaculada Conceição na presença de duas mil pessoas entre bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas. Durante o ato penitencial – explicou o Card. Tagle -, os presentes destacarão, de maneira particular, este aspecto, seguindo o tema escolhido pela Conferência Episcopal filipina para a viagem do Papa que é “Misericórdia e compaixão”.

“Como padres seremos os primeiros a afirmar que nós temos necessidade de experimentar a misericórdia e a compaixão do Senhor”, comentou o arcebispo de Manila. “Somos pecadores como todos. E só buscando nesta fonte poderemos seguir confiantes em nosso ministério. Além disso, o gesto penitencial nos lembra que uma das tarefas mais importantes do nosso ministério é sermos portadores desta misericórdia e compaixão”.

Visita não é política

O tema da purificação da memória é muito querida ao Card. Tagle: já em outubro de 2013 – dando continuidade aos gestos de João Paulo II – o arcebispo de Manila já pronunciara um elaborado “mea culpa” em nome dos católicos das Filipinas. Entre os pedidos de perdão, naquela época, estavam “as culpas que neste País cometemos contra os não católicos”, “os pobres que esquecemos, os famintos e os sedentos que não servimos”, “os órfãos, as viúvas e os indefesos que não amamos”. Durante a coletiva, Tagle lançou também um alerta aos políticos para que não se instrumentalize a visita do Papa. (SP)








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