Cidade do Vaticano (RV) - No dia 12 de dezembro, Dia de Nossa Senhora de Guadalupe, o Papa Francisco presidirá a celebração eucarística na Basílica de São Pedro em honra à padroeira da América Latina, confiando à sua intercessão a evangelização e a promoção humana dos povos do continente, para o qual invocará paz, justiça e unidade.
A missa, que terá início às 18 horas, será precedida, a partir das 16h45, pelo ingresso na basílica das bandeiras de todos os países do continente, pela homenagem à imagem da padroeira, pela recitação do "rosário guadalupano" e por uma oração de Advento acompanhada por cantos da tradição popular latino-americana.
A celebração será acompanhada pelos cantos da Misa criolla do compositor argentino Ariel Ramírez, cuja execução será dirigida pelo filho, Facundo Ramírez, com o seu grupo musical argentino, Patricia Sosa como convidada e a colaboração do coro romano Musica Nuova.
É significativo que, exatamente há 50 anos, Ariel Ramírez apresentou a Paulo VI a sua obra recém-composta. A presença desse grupo musical foi possível graças à colaboração da Presidenta Cristina Fernández de Kirchner, que animou a realização da cerimônia e destacou que a Missa Criolla “representa a identidade argentina e latino-americana, cultural e musicalmente”.
Ritmos dos pampas
A Misa criolla é uma tentativa de síntese entre música sacra, popular e folclórica: remonta a 1963, quando o compositor argentino Ariel Ramírez, fascinado pela música dos gaúchos e dos crioulos, tentou conciliar o sentimento religioso com o elemento folclórico e comunicar a alegria de rezar de uma cultura específica, sem ceder ao exotismo, mas "dando a cada sequência um elemento de originalidade".
A Misa criolla é composta por solistas, coro e orquestra e é caracterizada por instrumentos típicos da tradição popular latino-americana. No Kyrie de abertura, são utilizados os ritmos crioulos da vidala e da baguala; a vivacidade do carnavalito serve para expressar a alegria do Glória, introduzido por um solo de charango que abre o caminho para um andamento avassalador.
No Credo, a linha melódica, que se apoia no popular ritmo andino da chacarera trunca, assume um caráter mais dramático. Para o Sanctus, recorre-se aos ritmos bolivianos do Carnaval de Cochabamba, antes de voltar para a pampa argentina para o Agnus Dei final.
Participação
Funcionários e deputados integram uma grande delegação argentina que participará da celebração na Basílica de São Pedro, no Vaticano. Espera-se também grande participação de membros do corpo diplomático dos países do continente, sacerdotes e religiosos latino-americanos que trabalham e estudam em Roma, assim como de imigrantes que moram na capital italiana.
Não é a primeira vez que um Papa celebra esta festa no Vaticano de modo especial: em 12 de dezembro de 2011, Bento XVI também comemorou esta solenidade litúrgica com uma celebração eucarística na Basílica Vaticana.
A transmissão ao vivo, com comentários em português, terá início às 14h50, horário de Brasilia.
(Telam/Unisinos-CM)
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