Capelão do Rio pede mais valorização dos policiais


Cidade do Vaticano (RV) – A Praia de Copacabana amanheceu, nesta terça-feira, (9/12), tomada por cruzes em memória dos policiais que morreram nos últimos dois anos no Rio de Janeiro. Diante da manifestação, o Capelão da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Coronel Pe. Marcelo de Assis Paiva pediu uma maior valorização dos policiais já que, segundo ele,  ainda existe uma “relação dúbia” entre a sociedade e a polícia.

“A sociedade precisa da polícia, mas é uma relação muito dúbia, de amor e desconfiança. Gostaria de ver [aqui] aquelas manifestações que vemos em outros países nas quais, quando um policial é morto, a sociedade presta homenagens. No Brasil não temos ainda esta cultura de valorização”, declarou o capeção a Rádio Vaticano.

Policiais mortos

A manifestação  foi organizada pela ONG Rio de Paz que, de acordo com estatísticas internas, assegura que foram 152 os policiais que foram mortos nos últimos dois anos no Rio de Janeiro.

“É uma realidade muito triste. Já fizemos três enterros no mesmo dia em cemitérios diferentes.  Rezamos muito, procuramos dar assistência às famílias, principalmente aos filhos e às viúvas. E o que é mais triste: geralmente os policiais que são abatidos são muito jovens. Então, a Capelania tenta dar um apoio aos pais e as mães que ficam destruídos ao verem seus filhos, tão novos, serem mortos pelos bandidos”, explicou o capelão.

Unidades de Polícia Pacificadora (UPP)

O capelão reconhece os avanços das UPP’s em levar cidadania às comunidades mais pobres. No entanto, pede que o governo associe também políticas sociais àquelas de segurança.

“Seria muito importante que o governo entrasse também com a saúde e educação para que haja uma presença efetiva do Estado nestes lugares que, durante anos, ficaram sem uma presença oficial”, finalizou o capelão. (RB)








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