Basileia (RV) - No âmbito do 21.º Conselho Ministerial da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), encerrado em Basileia, na Suíça, o Secretário para as relações com os Estados da Santa Sé se dirigiu aos participantes e afirmou que “a Igreja Católica está acompanhando de perto e com profunda preocupação o conflito na Ucrânia, onde estão sendo violados direitos humanos fundamentais”.
O arcebispo marroquino Dom Dominique Mamberti lamentou que apesar de todos os mecanismos
diplomáticos e políticos disponíveis, a resolução da controvérsia ainda seja feita
através das armas, causando tantas perdas humanas e sofrimento.
“Infelizmente, é evidente que até as melhores ferramentas são ineficazes quando há
falta de vontade política para implementá-las em boa-fé”, apontou o Secretário para
as relações entre os Estados.
Para a Igreja Católica, a situação deve ser resolvida com o diálogo e a negociação,
pois disso depende o bem-estar não só de quem está diretamente envolvido, mas também
de toda a comunidade internacional.
Dom Mamberti invocou o centenário do início da Primeira Guerra Mundial, assinalado
este ano, recordando que a memória daquele acontecimento, que causou na Europa sofrimentos
sem precedentes deveria servir como imperativo moral na prevenção de novos horrores
e divisões.
Ainda em seu discurso, o arcebispo lembrou o 25º aniversário da queda do Muro de Berlim:
“Uma data que mais do que recordar o final de uma era de profunda divisão, deve ser
vista como um símbolo de esperança, uma prova de que é possível superar impedimentos
aparentemente intransponíveis em benefício de uma vida com dignidade e liberdade”,
completou.
(CM)
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