Bispos da América Central criticam economia desumana


Manágua (RV) – Encerrou-se na capital nicaraguense a reunião anual do SEDAC (Secretariado Episcopal da América Central), que reuniu bispos da América Central ao redor dos temas mais preocupantes para cada país da região.


“Estamos conscientes dos problemas que nossas nações enfrentam, como a violência em suas diversas manifestações e as tragédias vividas pelos migrantes, especialmente mulheres e crianças”, indica uma nota do Secretariado, acrescentando que “os desequilíbrios econômicos e sociais gerados por uma economia que não tem no seu centro a pessoa humana”.


O SEDAC critica a exploração irracional dos recursos naturais da região: “A América Central sofre as consequências de uma má gestão e de uma exploração paradoxal dos recursos naturais”, como os conflitos sociais ligados à indústria extrativa, às hidrelétricas e aos megaprojetos”.


No entanto, os bispos centro-americanos asseguram que as dificuldades não os desanimam: “Somos pessoas de esperança e, ainda que, como bispos, não tenhamos nem dependam de nós as soluções técnicas, estamos e estaremos sempre ao lado dos mais pobres, dispostos a apoiar soluções que impliquem igualdade, dignidade e desenvolvimento integral”, afirma a nota.


Participaram da assembleia bispos de Guatemala, El Salvador, Honduras, Nicarágua, Costa Rica e Panamá, além de integrantes da Rede de Informática da Igreja na América (RIIAL).


O Presidente do SEDAC e Arcebispo da Cidade do Panamá, Dom José Domingo Ulloa, agradeceu, na abertura, a presença do Presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, o arcebispo Claudio Maria Celli, e de outros representantes de seu dicastério.

(CM)

 








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