Cidade do Vaticano (RV) – Terminou o período da prisão preventiva do ex-núncio apostólico na República Dominicana, o polonês Józef Wesolowski, a quem foi aplicada a pena canônica a divinis que o fez tornar ao estado laical. Contudo, sua mobilidade continua restrita ao território do Estado da Cidade do Vaticano e as comunicações externas estão limitadas.
É o que informou na manhã desta quarta-feira, 03/12, o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé e diretor da Rádio Vaticano, Padre Federico Lombardi. O ex-núncio, acusado de abuso de menores e posse de material pedopornográfico, já foi interrogado uma vez pelas autoridades vaticanas e aguarda a abertura do processo penal.
Padre Lombardi disse ainda que o Promotor de Justiça do Tribunal do Estado da Cidade do Vaticano, Gian Piero Milano, manteve um encontro também nesta quarta-feira com o Procurador Geral da República Dominicana, Francisco Domínguez Brito, a pedido do representante hondurenho, durante viagem diplomática ao Vaticano e à Polônia.
“O encontro fez parte da cooperação internacional sobre as investigações em curso e foi muito útil para ambas as partes devido à complexidade das averiguações”, declarou o Padre Lombardi ao apontar que existe ainda “a possibilidade de que o Vaticano emita uma rogatória internacional para obter novas informações”.
Em nota, o procurador Francisco Domínguez Brito, que nesta manhã encontrou-se com o Papa, disse ter informado Francisco sobre o seu encontro com o magistrado vaticano e sobre os procedimentos e competências jurídicas do caso do ex-núncio.
“O Papa expressou a importância de que a verdade prevaleça sempre e que as instituições judiciais de ambos os Estados atuem com plena liberdade e dentro das leis”, afirma a nota de Santo Domingo. (RB)
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