Relações Católico-Ortodoxas publicadas em livro do Patriarcado Ecumênico


Istambul (RV) – Por ocasião da visita do Papa Francisco ao Fanar, antigo bairro grego de Istambul, o Patriarcado Ecumênico de Constantinopla publicou um livro com a história das relações entre católicos e ortodoxos após o Cisma de 1054, iniciando porém com as viagem de três Papa à Constantinopla no primeiro milênio.

A publicação em inglês e grego repassa as etapas mais relevantes de uma história com raízes em 536, ano da visita do Papa Agapito, à qual se seguiram a de seus sucessores Vigilio, em 547, e de Constantino, em 711.

Os capítulos da obra são enriquecidos com detalhes sobre os acontecimentos sucessivos ao grande cisma: da viagem à Itália do Patriarca Ecumênico José - por ocasião do Concílio de Ferrara-Florença (1438-1439), para tratar da reunião das igrejas romana e ortodoxa à retomada – à retomada dos contatos cinco séculos depois, durante o minstério patriarcal de Atenágoras, o que inaugurou um novo capítulo nas relações entre as duas Igrejas.

Este caminho de reaproximação teve início com a eleição de João XXIII e culminou com o histórico abraço entre Paulo VI e Atenágoras em Jerusalém, em janeiro de 1964, e a sucessiva revogação, em 1965, das excomunhões recíprocas de 1054.

A nova etapa nas relações viu a realização de inúmeras viagens recíprocas a Roma e Istambul pelos Chefes das duas Igrejas, que sucedem a Pedro e André.

À vigem do Papa Montini ao Fanar em 25 de julho de 1967 segue a de Atenágora a Roma em outubro do mesmo ano. Em novembro de 1979 foi a vez de João Paulo II visitar a sede do Patriarcado Ecumênico, visita retribuída pelo Patriarca Demétrio oito anos mais tarde, em dezembro de 1987.

Junho de 1995 marca a primeira de uma série de 11 visitas do Patriarca Bartolomeu I à Igreja de Roma. As seguintes foram realizadas em janeiro de 2002, julho de 2004, novembro de 2004 e abril de 2005 (para os funerais do Papa Wojtyla). Após, no Pontificado de Bento XVI – que visitou Istambul em novembro de 2006 – em junho e outubro de 2008, outubro de 2011 e outubro de 2012. Por fim, com o Papa Francisco, em março de 2013 (por ocasião do início do ministério petrino) e em junho passado, por ocasião da oração pela paz na Terra Santa, após o encontro em Jerusalém no mês de maio precedente. (JE)

 








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