Diálogo, única resposta para a violência na Nigéria, diz Card. Tauran


Cidade do Vaticano (RV) – Um duplo atentado nesta segunda-feira sacudiu mais uma vez a Nigéria. A semear a morte desta vez foi uma mulher kamikaze que se fez explodir no mercado de Maiduguri, palco de outra tragédia na última terça-feira quando provocou a morte de 45 pessoas. Após atrair a atenção da polícia, a mulher detonou os explosivos. Poucos minutos após, uma segunda explosão destruiu outros edifícios, matando muitas pessoas, segundo algumas testemunhas.

Na Turquia o Papa Francisco havia recordado as vítimas do terrorismo na Nigéria, em particular, os mais de 120 mortos no atentado de sexta-feira contra a Mesquita central de Kano, reivindicado pelo grupo fundamentalista Boko Haram. Entre as vítimas, muitos fiéis reunidos em oração.

Nos dias passados, justamente nesta mesquita, foram duramente condenadas as ações dos milicianos do Boko Haram. Sobre mais este episódio de violência, ouçamos as palavras do Presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, Cardeal Jean Louis Tauran:

“Nós estamos todos transtornados por esta violência louca que continua a atingir e matar também fiéis pacificamente reunidos em oração. Não se pode permanecer em silêncio, não se pode permanecer indiferentes. Onde está a inteligência, onde está a razão, onde está o coração? Devemos denunciar este mistério de iniquidade. Espero que a comunidade internacional saiba reagir de maneira unânime e muito rapidamente. Além disto é importante dizer que os mais atingidos são justamente os moderados porque são justo eles que fazem os outros raciocinar. É muito triste, mas é necessário continuar no caminho do diálogo. Quanto mais a situação é dramática, tanto mais o diálogo se impõe. Não existem alternativas: somente o diálogo, o diálogo, o diálogo! A nossa esperança é que se o mal é contagioso, o bem também o é”. (JE)








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