Mudança climática pode agravar pobreza, alerta Banco Mundial


Cidade do Vaticano (RV) - Um informe divulgado domingo, 23, pelo Banco Mundial, alerta que o aquecimento global poderá agravar significativamente a pobreza no mundo, pois secará os cultivos agrícolas e ameaçará a segurança alimentar de milhões de pessoas.

O relatório visualiza um cenário de secas, ondas de calor e acidificação dos oceanos, caso a comunidade internacional não atinja seu objetivo de limitar o aumento das temperaturas no mundo a 2ºC.

Na hipótese extrema de um aumento de 4ºC, os fenômenos climáticos extremos que se verificam hoje “uma vez por século” poderão se transformar na nova norma climática, afirma a instituição. O tom do relatório é particularmente alarmista em três regiões do planeta: América Latina, Oriente Médio e Europa Oriental.

O rendimento dos cultivos de soja podem cair de 30% a 70% no Brasil, enquanto metade das plantações de trigo na América Central e na Tunísia pode desaparecer, antecipa o documento elaborado com o suporte do Instituto de Pesquisa sobre o Impacto Climático de Potsdam, na Alemanha.

“As consequências para o desenvolvimento serão graves com uma redução nas colheitas, um recuo nos recursos aquáticos, a subida das águas e a vida de milhões de pessoas em perigo”, adverte o BM, acrescentando que as populações mais pobres e as mais excluídas socialmente serão as primeiras vítimas.

Os dois maiores poluidores do mundo, Estados Unidos e China, selaram em 12 de novembro um acordo inédito para frear suas emissões de dióxido de carbono.

O Banco Mundial garante que é preciso ir além, sobretudo, para conseguir atingir a meta de erradicar a extrema pobreza até 2030. Esse objetivo já se anuncia como "complicado" em um mundo com um aumento de 2ºC, mas pode estar totalmente "fora de lugar", no caso de um avanço de 4ºC do termômetro mundial, alertou o Banco.

(AFP-CM)








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