Papa aos Movimentos: frescor do carisma, liberdade e comunhão


Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco recebeu, na manhã deste sábado, na Sala Clementina, 350 participantes no III Congresso mundial dos Movimentos eclesiais e das Novas Comunidades, que, em seus dois dias de trabalhos, de 20 a 22, em Roma, aprofundaram o tema: “A alegria do Evangelho, uma alegria missionária”.

Aos participantes do encontro, promovido pelo Pontifício Conselho para os Leigos, que dedicaram particular atenção a dois elementos principais da vida cristã, a conversão e a missão, intimamente interligados, o Papa explicou que, “sem uma autêntica conversão do coração e da mente não se pode anunciar o Evangelho. E, se não nos abrirmos à missão não é possível a conversão e a fé, por sua vez, se torna estéril.

Por isso, o Pontífice indicou algumas diretrizes para o caminho de fé e de vida eclesial dos Movimentos e das Novas Comunidades: o frescor do carisma, o acolhimento e o acompanhamento e a comunhão.

O carisma é necessário para a sobrevivência de um Instituto, mas as estruturas externas devem garantir a ação do Espírito Santo. A novidade das experiências das Comunidades não consiste apenas em métodos e em formas, mas a disposição de responder, com renovado entusiasmo, ao chamado do Senhor. Se forem apenas ideológicos, correm o risco de sufocar o próprio carisma. Eis porque é preciso voltar sempre às fontes dos carismas e reencontrar o impulso para enfrentar os desafios de hoje.

A segunda indicação do Papa diz respeito ao modo de acolher e acompanhar os homens do nosso tempo, em particular os jovens. De fato, o homem de hoje passa por sérios problemas de identidade e tem dificuldade de fazer as próprias escolhas. Por isso, o Bispo de Roma frisou que é preciso resistir a tentação de substituir a liberdade humana. Por outro lado, a educação cristã requer um acompanhamento paciente da pessoa; a paciência é o único meio que leva a amar realmente o homem, levando-o a uma relação pessoal sincera com o Senhor.

Enfim, a terceira linha mestra, para um caminho de fé e de vida eclesial das Novas Comunidades e Movimentos eclesiais, deve ser a comunhão, o dom mais precioso e o sigilo do Espírito Santo. A unidade, disse o Bispo de Roma, deve prevalecer sobre o conflito. A comunhão, em união com a jerarquia católica, consiste em enfrentar, juntos e unidos, as questões mais importantes, como a vida, a família, a paz, a luta contra a pobreza, a liberdade religiosa e a educação. Por fim, o Santo Padre resumiu estas três diretrizes:

Papa:    “Per raggiungere la maturità ecclesiale...”.
“Para atingir a maturidade eclesial, portanto, vocês devem manter o frescor do carisma, respeitar a liberdade das pessoas e buscar sempre a comunhão. Porém, jamais esqueçam que, para atingir esta meta, a conversão deve ser missionária: a força para superar as tentações e as insuficiências, vem da profunda alegria do Evangelho, que está à base de todos os carismas”.

A nossa verdadeira missão em âmbito eclesial, concluiu o Papa, é a própria participação na missão de Cristo, que nos precede e nos acompanha na evangelização!

(MT)








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