2014-11-20 12:52:00

Jesus chora quando o nosso coração se fecha às suas surpresas – o Papa em Santa Marta


Jesus chora quando o nosso coração se fecha às suas surpresas – esta a principal mensagem do Papa Francisco na missa em Santa Marta na quinta-feira dia 20 de novembro.

No Evangelho do dia proposto por S. Lucas encontramos Jesus que chora sobre a cidade de Jerusalém. O Papa Francisco referiu-se ao fechamento do coração da cidade eleita. Segundo o Santo Padre estava satisfeita de si mesma, contente e tranquila, não precisava do Senhor. Não tinha percebido que precisava de salvação.

 “Por que Jerusalém não recebeu o Senhor? Porque estava tranquila com o que tinha, não queria problemas. Mas, como diz o Senhor no Evangelho, “Se tu, ao menos neste dia que te é dado, conhecesses o que te pode trazer a paz!... Mas não, isso está oculto aos teus olhos”. Tinha medo de ser visitada pelo Senhor; tinha medo da gratuidade da sua visita. Estava segura nas coisas que podia administrar. Nós somos seguros nas coisas que podemos governar, mas a visita do Senhor, suas surpresas... nós não podemos controlar”. 

"Jerusalém tinha medo disso: de ser salva pelo caminho de surpresas do Senhor. Tinha medo do Senhor, do seu Esposo, do seu Amado, e Jesus chora. Quando o Senhor visita o seu povo, leva a alegria, a conversão; nós não temos medo da alegria, não, mas sim da felicidade que o Senhor nos traz, porque não podemos controlá-la. Temos medo da conversão porque converter-se significa deixar que o Senhor nos conduza”. 

“Jerusalém era tranquila, feliz - continuou o Papa - o templo funcionava. Os sacerdotes faziam os sacrifícios, as pessoas vinham em peregrinação, os doutores da lei tinham organizado tudo! Tudo claro! Todos os mandamentos claros... Mesmo com tudo isso Jerusalém tinha a porta fechada”. A cruz, “preço daquela rejeição” - observa o Papa - mostra-nos o amor de Jesus, o que o leva a “chorar também hoje - tantas vezes - pela sua Igreja”.

“Eu me pergunto-me: hoje nós cristãos, que conhecemos a fé, o catecismo, que vamos à missa todos os domingos, nós cristãos, nós pastores estamos felizes de nós mesmos? Porque temos tudo resolvido e não precisamos de novas visitas do Senhor... E o Senhor continua a bater à porta de cada um de nós e da sua Igreja, dos pastores da Igreja. Sim, a porta do nosso coração, da Igreja, dos pastores não se abre: o Senhor chora, também hoje”.

O Papa Francisco concluiu a sua homilia colocando esta questão como exame de consciência: “Pensemos em nós: como estamos neste momento diante de Deus?”.

(RS/CM/SP)








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