Novo Catecismo: A resposta do homem ao chamado de Deus


Cidade do Vaticano (RV) - No nosso espaço dedicado ao Novo Catecismo, vamos tratar na edição de hoje, da resposta do homem ao chamado de Deus.

Deus falou-nos por meio de seu Filho, Jesus Cristo. E, qual é a resposta adequada do homem a esta revelação? É o tema da reflexão do Padre Gerson Schmidt:

“Amado ouvinte!

Falamos no encontro passado que Deus tomou a iniciativa de se revelar ao homem por completo, por meio de seu filho Jesus Cristo. A iniciativa é de Deus, pois ele nos amou por primeiro e, como diz São Paulo, quando ainda éramos pecadores[1]. Se existe um convite de Deus, cabe ao homem uma resposta a essa amorosa iniciativa divina. Deus incondicionalmente se revela, não só na Criação do homem, mas na sua Redenção.

Como afirma a Carta aos Hebreus, que muitos exegetas dizem não ser de São Paulo: "Muitas vezes e de modos diversos falou Deus, outrora, aos pais pelos profetas; agora, nestes dias que são os últimos, falou-nos por meio do Filho" (Hb 1,1-2). E comenta o CIC essa frase bíblica no número 65:

Cristo, o Filho de Deus feito homem, é a Palavra única, perfeita e insuperável do Pai. Nele o Pai disse tudo, e não há outra palavra senão esta. São João da Cruz, depois de tantos outros, exprime isto de maneira luminosa, comentando esse versículo 1-2 do capitulo primeiro de Hebreus:

Porque em dar-nos, como nos deu, seu Filho, que é sua Palavra única (e outra não há), tudo nos falou de uma só vez nessa única Palavra, e nada mais tem a falar, (...) pois o que antes falava por partes aos profetas agora nos revelou inteiramente, dando-nos o Tudo que é seu Filho. Se atualmente, portanto, alguém quisesse interrogar a Deus, pedindo-lhe alguma visão ou revelação, não só cairia numa insensatez, mas ofenderia muito a Deus por não dirigir os olhares unicamente para Cristo sem querer outra coisa ou novidade alguma[2].

Então, seria uma ofensa para Deus querermos outra forma de revelação plena se negligenciássemos Jesus Cristo, rosto visível do Deus invisível, como o catecismo deixou claro: “Nele o Pai disse tudo, e não há outra palavra senão esta”. Cristo é a palavra definitiva de Deus. O Verbo feito carne. Como aqui já em um programa dissemos: n’Ele a Palavra de Deus se abreviou, se compendiou. O Filho é a Palavra definitiva do Pai, de forma que depois dele não existe outra Revelação. Por mais que se inventem por aí outros profetas ou Messias com novidades falaciosas, são projeções, mentiras, são falsos pregadores.

Se Deus se revela em Jesus Cristo, qual é minha resposta? Amado ouvinte, estamos aprofundando a primeira parte do CIC que fala sobre o Credo. Enquanto que no capítulo II está a iniciativa de Deus, no Capítulo III está ali o título: “A resposta do homem a Deus”. Na introdução desse novo ponto está dito assim, no número 142-143:

A resposta adequada a este convite é a fé. Pela fé, o homem submete completamente sua inteligência e sua vontade a Deus. Com todo o seu ser, o homem dá seu assentimento a Deus revelador. A Sagrada Escritura denomina "obediência da fé" esta resposta do homem ao Deus que revela[3].

O Credo, a Profissão das verdades da fé e sua prática cotidiana é essa adesão ao convite de Deus, a resposta do homem a revelação em Jesus Cristo. Por isso, nos próximos programas, vamos passar ponto a ponto, das verdades do nosso Credo, as verdades de nossa rica profissão de fé. Até lá!

A paz e a benção, amado irmão”

 

[1] Rm 5,8.

[2] Subida ao Monte Carmelo II, 2,22 – 2ª Semana do Advento, 2ª Feira, Oficio da Leitura – 55. DV, 4.

[3] CIC, 142-143.

 

 

 

 

 








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