Às 12,15 horas de Roma, o Papa Francisco recebeu em audiência na Aula Paulo VI
do Vaticano, os partecipantes ao congresso mundial dos contabilistas. No seu discurso
o Santo Padre salientou que o Congresso constitui uma ocasião propícia e importante
para enfrentar os problemas que este âmbito professional enfrenta hoje em dia, mas
também para renovar a consciência do fato que esta profissão de contablista é um serviço
à coletividade.
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São tantos, recordou o Papa Francisco, aqueles que, especialmente os imigrantes, são
obrigados a trabalhar de forma ilegal e clandestina, em condições e situação em que
faltam as mínimas condições jurídicas e económicas. E neste contexto, salientou o
Santo Padre, há sempre a tentação de defender os próprios interesses sem se preocupar
do bem comum, de cuidar dos aspectos da justiça e da legalidade.
Por isso, disse o Papa, cabe a todos, especilamente àqueles que exercem uma profissão
que tem a haver com o bom funcionamento da vida económica de um país, desempenhar
sempre um papel positivo, construtivo no desenvolvimento quotidiano do próprio trabalho
sabendo que por detrás de cada papel, cada documento, existe uma história, existe
um rosto humano concreto.
Neste empenho, que requer a cooperação de todos, o professionista cristão, prosseguiu
o Papa Francisco, atinge cada dia da oração e da Palavra de Deus, a força antes de
mais para cumprir bem o seu dever com competência e sabedoria e também para ir além,
isto é ir ao encontro das pessoas em dificuldade, exercer aquela creatividade que
permite encontrar soluções em situações bloqueadas; fazer prevalecer as razões da
dignidade humana perante a rigidez da burocracia.
Ao concluir o seu discurso, o Papa Francisco recordou aos presentes que nas suas
atividades de contabilistas eles estão fequenetemente ao lado das empresas, das famílias
e das pessoas. Neste sentido encorajou-os a trabalhar sempre com responsabilidade,
favorecendo as relações de lealdade, de justiça e se possível, de fraternidade enfrentando
com coragem sobretudo os problemas que afligem os mais débeis, os mais pobres.
Não basta, acrescentou o Santo Padre, dar respostas concretas aos interrogativos
económicos e materiais; é necessário também suscitar e cultivar uma ética da economia,
das finaças e do trabalho, é necessário sobretudo reviver o valor da solidariedade
como atitude moral, expressão da atenção ao outro em cada sua legítima exigência e
aspiração.
A doutrina da Igreja ensina-nos que o princípio da solidariedade se realiza em harmonia
com o princípio da sussidariedade. Graças ao efeito destes dois princípios os nossos
esforços podem ser orientados ao serviço do homem e fazer crescer a justiça sem a
qual não pode haver paz duradoura, concluiu o Papa Francisco procedendo à benção dos
presentes aos quais também entregou à proteção da Virgem Maria.
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