Bolívia: proximidade da Igreja a casais e famílias que sofrem

La Paz (RV) - Ao término da Assembleia da Conferência Episcopal na Bolívia, os bispos publicaram uma mensagem ao povo de Deus com o tema: “A Eucaristia, fonte de fraternidade”. O texto é dividido em duas partes: na primeira, os bispos propõem uma reflexão eclesial, e, na segunda, uma apresentação dos desafios sociais.

Na mensagem está escrito que são verificados casos, na sociedade boliviana, “em especial, relacionados às mulheres, injustamente abandonadas pelos companheiros ou vítimas de violências e abusos por parte dos maridos. Como Igreja queremos mostrar a nossa proximidade fraterna a tantas pessoas que sofrem, entre casais instáveis e famílias destruídas por causa da pobreza e do pecado”, afirmam os bispos. 

Ao se referir ao próximo Congresso Missionário Americano, o texto diz o seguinte: “Papa Francisco nos lembra que a Eucaristia é necessária para a missão e que a missão sem a comunhão fraterna não é possível. Que o Espírito presente em cada Eucaristia possa nos guiar no trabalho de preparação do V Congresso Missionário Americano e X Missionário Latino-Americano (Cam5-Comla10), que vai acontecer em Santa Cruz em 2018”.

Em relação aos serviços sociais, os bispos pedem às autoridades do Estado que respeitem “o próprio dever de apoiar essas obras para os mais pobres”. E insistem, então, na vontade de diálogo com o governo: “apreçamos a proximidade do Papa Francisco ao povo da Bolívia e à Igreja, em ocasião da participação do Presidente no Fórum dos Movimentos Populares, quando o Santo Padre aceitou recebê-lo em privado, expressando confiança e que esse gesto sirva para melhorar as relações com a Igreja. Desejamos que esse encontro leve à abertura coerente de um canal direto de diálogo com a Conferência Episcopal, como temos solicitado em ocasiões precedentes”.

Na segunda parte da mensagem, os bispos expressam satisfação pelo crescimento da inclusão social no país e pela participação democrática da população na vida política. Ao mesmo tempo, os bispos lembram os grandes desafios do país e do governo: os investimentos públicos devem dar prioridade aos mais pobres na área da saúde, assistência social, educação pública e desenvolvimento.

(AC)